sexta-feira, 31 de julho de 2009
Juras
Meu coração repousa no teu peito.
Amiúde, ouço-te:
-Amo-te. Amo-te mulher.
-Sentes? Meu peito destoa.
-Eu te amo.
-Canta uma nova canção pra mim?
-Sim, ouso cantar para ti.
- Ficas comigo até o último dia de sol?
- Sim, serei teu sol pra sempre.
- Roubarás todos os beijos meus?
- Serei o mais astuto ladrão.
- Já és, roubastes meu coração.
- Tu és linda. Gosto do teu querer.
- Cuidarei dos teus olhos, eles me cultuam.
- Faz-me sorrir como um menino?
- Faço. Tu és menino, sorria.
- Deixa-me esperar tua chegada com flores?
- Que sejam rosas, as mais belas rosas.
- Dança comigo mesmo sem saber?
- Tu és o meu ritmo, minha melhor melodia.
- Escreva versos pra que meus olhos leiam?
- Todos os versos sempre foram teus.
- Ama-me sem dizer a ninguém?
- Só tu sabes, e a ninguém mais precisa ser dito.
sábado, 25 de julho de 2009
Aqui te amo
Aquí te amo.
En los oscuros pinos se desenreda el viento.
Fosforece la luna sobre las aguas errantes.
Andan días iguales persiguiéndose.
Se desciñe la niebla en danzantes figuras.
Una gaviota de plata se descuelga del ocaso.
A veces una vela. Altas, altas estrellas.
O la cruz negra de un barco.
Solo.
A veces amanezco, y hasta mi alma está húmeda.
Suena, resuena el mar lejano.
Este es un puerto.
Aquí te amo.
Aquí te amo y en vano te oculta el horizonte.
Te estoy amando aún entre estas frías cosas.
A veces van mis besos en esos barcos graves,
que corren por el mar hacia donde no llegan.
Ya me veo olvidado como estas viejas anclas.
Son más tristes los muelles cuando atraca la tarde.
Se fatiga mi vida inútilmente hambrienta.
Amo lo que no tengo. Estás tú tan distante.
Mi hastío forcejea con los lentos crepúsculos.
Pero la noche llega y comienza a cantarme.
La luna hace girar su rodaje de sueño.
Me miran con tus ojos las estrellas más grandes.
Y como yo te amo, los pinos en el viento, quieren cantar tu nombre con sus hojas de alambre.
(Do livro 20 poemas de amor e uma canção desesperada)
* Aqui te amo, meu amor.
sábado, 18 de julho de 2009
Dor de uma saudade
Saudade tão crua, aparente, dolorida
Martírio do amor se tenha feito,
chagas abertas que sofrem em vida
o lamento maior que há no peito.
Voa longe pensamento, longe voa
Nesses versos que dele são,
pra que ele saiba que aqui destoa,
padece e chora um triste coração.
De todos os beijos, cândidos beijos meus
Fulgura a hora derradeira, a chegada.
Por estes dias, que não dissestes adeus,
Teu sorriso será sempre a minha alvorada.
E se o meu peito fica mudo,
a saudade é causadora desse dano.
E se esqueço todo o mundo,
é pra lembrar o quanto eu te amo.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Eu sei, nós sabemos
Quando você chegou
Sua maciez chegava
voando por sobre o tempo,
sobre o mar, sobre o fumo,
e sobre a primavera ,
e quando colocaste
tuas mãos em meu peito,
reconheci essas asas
de paloma dourada,
reconheci essa argila
e a cor suave do trigo.
A minha vida toda
eu andei procurando-as.
Subi muitas escadas,
cruzei os recifes,
os trens me transportaram,
as águas me trouxeram,
e na pele das uvas
achei que te tocava.
De repente a madeira
me trouxe o teu contacto,
a amêndoa me anunciava
suavidades secretas,
até que as tuas mãos
envolveram meu peito
e ali como duas asas
repousaram da viagem.
Pablo Neruda
Sei que não existe ninguém como você.
Pra sempre quero dizer que te amo, e isso é minha maior certeza.
Certeza de que na vida não há nada mais a não ser o teu amor e o meu amor.
Nas paisagens de hoje, vejo o sempre.
Vejo-te entre as frestas da janela, da qual tanto te esperei.
Hoje, estás comigo, chegaste, aportaste em meu peito.
Aqui te amo.
Eu te amo, meu amor. E aqui, digo diversas vezes, o quanto eu te amo.
[Jacque]
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
Pablo Neruda
terça-feira, 14 de julho de 2009
Insano
Quem disse?
Os tolos!
Pois é, quem nunca amou, não sabe sofrer!!!!
Injúrias!!! Falam injúrias sobre o amor!
Calem-se todos! Percebam o amor é feito de coraçõezinhos vermelhos!!!
Ninguém sabe o que diz. Tolos!!
É só ouvir música altaaaaaaaaa! Uuuuuuuuu!
Assim, deixa a música entrar!!! Batida louca!
Sono?
Que isso? É amor, hehehe!!!
Dj....manda legal!
To fazendo uma poesia aqui!! Que merda! Não rimaaaa!!
Tem importância!!!???
Vai sair uma porcaria mesmo!!!
Opa! Sem rimas, sem aquele doce meladinho de sempre?
Pois é, tem nada não, é só o ritmo frenético!
Mas, e o coração?
Opa! Acompanha, o coração acompanha...
Isso que dá, isso que dá...
Vai lá!!! Sente o som aí!
E isso é poesia?
Putz ! A melhor que já fiz!
Coisa mais maluca!!!!
Esperava o que? Sou maluca ué!!!!
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O amor endoidece os loucos!
De amor a paga pena inconstante nunca finda.
O amor é feito de medida para poucos.
E os que dele experimentam, endodeicem mais ainda.
Não busque razão, já me disseram.
Sacudidas são as palavras nas mãos de quem escreve.
O amor de ofendido, às vezes parece deslembrado.
É insano, calmo, febril, eterno e breve.
É de amor que se padece e de se padecer que tenho amado.
Nada é mais prazeroso do que endoidecer nesse sentimento
Lágrimas que escoam, sorrisos que se fazem.
É assim o amor, apreciada loucura sem entendimento.
Não busque razão, já me disseram.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Doce sacrifício
Árdua. Bela alínea.
E aqui, começa:
Deixemos. Tudo é efêmero.
Num dobrado de folhas,
No vento sorrateiro da noite,
No último e desgastado gole.
Beberemos dele. Último vinho.
Viveremos. Inútil taça cheia.
Nosso doce vinho sangra.
Nossos imperdoáveis olhos derramam.
Choremos como chuva.
Molharemos. Últimas lágrimas.
Amemos. Não há outra maneira.
Debalde nunca haveria, pois amamos.
Sacrifício. Doce, sacrifico.
Beberemos desse cálice.
Sofreremos dela. Última saudade.
sábado, 11 de julho de 2009
Definições
O amor é, sentir-se importante pra quem te importa .
É brincar de esconder atrás da porta.
É se abraçar, e ser um só, assim com jeitinho .
O amor é correr, brincar e cantar ao ouvido baixinho .
O amor é chorar quando se está longe, chorar de saudade .
O amor é, sorrir das palhaçadas é viver de verdade .
O amor é fazer versos, assim, de repente .
O amor é tudo que toca o coração da gente.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Ex abrupto
Como a planta nutrida da luz de sempre
Avivada pelo sopro dos ventos dançantes
Onde um ramo altivo se prende nas algibeiras
e enlaçado mesmo que de espinhos, cresce.
E cresce aliado aos dorsos que sufocam, machucam, mas não o matam.
De sóbrio recebe piamente o vento destoado.
Não há mais flores nesse ramo, secaram-se todas.
Qual o motivo das flores? Se ainda sustenta-o a raiz?
Raiz maior, de poderio único: O amor.
Corta-o, ainda assim, as lágrimas o farão ressurgir com frondoso encanto.
domingo, 5 de julho de 2009
Ouse!
Lou Salomé