Há algo diferente em mim Existe um ser pensante, mas tem também uma alma pulsante... Tenho um quer que seja de coletor de Rosas, porém, só uma Rosa me interessa... Alguns temem o negro das coisas, eu me inspiro em suas negras pétalas... Outros sentem fobia das profundidades, eu adoro mergulhar em seus lagos de caramelo... A maioria fica esperando o obvio, eu sonho com suas surpresas... Aqui e ali, todos temem e fogem da verdade, eu espero, ansioso, por suas máximas... Todos parecem correr do desconhecido, eu anseio a novidade que ela me trás... Esses pequenos querem prendê-la, eu adoro ver seu voo em liberdade...
É... Eu sou um tanto estranho... Mas me prefiro assim: tão meu, ao ponto de ser todo seu...
Todo Seu Querer Fagner Composição: Roberto Mendes, Capinan
Quando o amor olha pra voce Querendo te prender Nos braços de alguem Quando o amor fala pra voce Com palavras loucas Todo seu querer E quando o amor tem sabor de fruta Colhei em tua boca, a manga madura E a tua mão em fogo Acende teu corpo Tira tua roupa Procurando a flor Ai, amor Diga sorrindo Ai, amor Seja bem vindo Ai, amor Diga chorando, amor Voce chegou Ai, amor Diga que volte Ai, amor Beijo de adeus Quando se for
...Quero te possuir tal qual a amantes que contestam uma falsa fé, como os revolucionários que contestam as normas da sociedade, como os pensadores que sabem que a existência vai além das falácias e ingenuidades...
...Pecadores, incertos pecadores nós somos. Definimo-nos um no outro. Pecamos por sabermos que não há mais como deixar de sermos castos para o desejo incontrolável que sentimos. Nós dois, versos de um poema, rimamo-nos. Nós dois, notas de um mesmo tom, tocamo-nos. Ainda há muito que descobrir. Ainda há estrelas para serem alcançadas em única noite e isso é apenas o princípio de tudo o que podemos ter...
...Ah, e como nós podemos, minha Linda, pois quando a gente encontra alguém de fato especial, a gente fica assim: incontido, desejoso, dono de uma vontade gigantesca de tudo, por ser esse sentimento um tudo...Vamos ser nós mesmos, para o bem e para o mal, não importa; vamos ser nós mesmos para o nosso prazer, nosso, só nosso, egoísta, autêntico, e verdadeiro.
Tenho visto amores sem vida, pintados e revestidos por belas molduras. São eles, cores e refinos, mas, apenas, bela pintura. São eles, dores, tragédias românticas... São eles tão certos de si, tão infinitamente eternos. Tão castos; tão servis... Eu quero é esse “ERRRO”; esse desconexo sem previsões; mas, carregado de certezas. Eu quero a saliva, o suor; o toque; o riso; o êxtase... Eu quero a paixão fervilhando nas entranhas... Eu quero poder dizer o que sinto, sendo pra sempre verdade, mesmo mil vezes errando. É assim que nós dois acertamos o passo, na poesia, no desejo, no coração e na alma. É assim, que a vida passa a ser vida de fato. Que seja efêmera, mas, que venha nua e intensa. Que seja curta, mas, que faça valer os segundos, como esses, que faz nosso tempo, só nosso.
A alma tem perfilado em arredores buscando mais de mim a todo instante deixando exposta as minhas reflexões. Nunca tive saudade de ser o que eu não era. Nem sei dizer mais o que fui. Só sei dizer o que sou agora: Sou esse traçado de linha. Sou essa face.
Não tenho mais o abatimento das coisas. Apenas observo à margem os que sorriem por tragos baratos falseando uma sobriedade medíocre sendo apenas débeis alcoólatras escravos do ópio de sempre. E de sempre e de sempre... Sempre tão igual. Cheirando mesmice de papéis velhos... ...Falta de vida.
***
Não tenho mais o de antes. Não tenho mais angústias! Não sofro do espírito! Eu sinto é o sangue correr. Eu sinto na pele. Eu sinto na alma. Eu sinto até os ossos.
Poesia foi um dia dor distorcida em palavra. Foi agonia de noites sem sono, solidão, solidez, abandono... Minha alma enfim se aquieta. Mas, quem disse que alma de poeta é quieta?
Esperamos que alguém nos diga o que é conduta justa ou injusta, pensamento correto ou incorreto e, pela observância desse padrão, nossa conduta e nosso pensar se tornam mecânicos, nossas reações, automáticas. Pode-se observar isso muito facilmente em nós mesmos.
Durante séculos fomos amparados por nossos instrutores, nossas autoridades, nossos livros, nossos santos. Pedimos: "Dizei-me tudo; mostrai-me o que existe além dos montes, das montanhas e da Terra" - e satisfazemo-nos com suas descrições, quer dizer, vivemos de palavras, e nossas vidas são superficiais e vazias. Não somos originais. Temos vivido das coisas que nos tem dito, ou guiados por nossas inclinações, nossas tendências, ou impelidos a aceitar pelas circunstâncias e o ambiente. Somos o resultado de toda espécie de influências e em nós nada existe de novo, nada descoberto por nós mesmos, nada original, inédito, claro.
O que agora vamos fazer, por conseguinte, é aprender a conhecer-nos, não de acordo com certo analista ou filósofo; porque, se o fazemos de acordo com outras pessoas, aprendemos a conhecer essas pessoas e não a nós mesmos. Vamos aprender o que somos realmente.
A compreensão de nós mesmos não requer nenhuma autoridade, nem a do dia anterior nem a de há mil anos, porque somos entidades vivas, sempre em movimento, sempre a fluir e jamais se detendo. Se olharmos a nós mesmos com a autoridade morta de ontem, nunca compreenderemos o movimento vivo e a beleza e natureza desse movimento.Pois bem; onde começarmos a compreender a nós mesmos?
Não posso existir sozinho. Só existo em relação com pessoas, coisas e idéias e, estudando minha relação com as pessoas e coisas exteriores, assim como com as interiores, começo a compreender a mim mesmo. Qualquer outra forma de compreensão é mera abstração, e não posso estudar-me abstratamente; não sou uma entidade abstrata; por conseguinte, tenho de estudar-me na realidade concreta - assim como sou, e não como desejo ser.Não há sensibilidade se existe alguma idéia, que é do passado, dominando o presente. A mente já não é então ágil, flexível, alertada.
Para compreendermos qualquer coisa, temos de viver com ela, observá-la, conhecer-lhe todo o conteúdo, a natureza, a estrutura, o movimento. Já experimentou viver com você mesmo? Isso é dificílimo, porque não sabemos olhar nem escutar o nosso próprio ser, assim como não sabemos olhar a beleza de um rio, ou escutar o murmúrio da brisa entre as árvores.
Uma das coisas mais difíceis do mundo é olharmos qualquer coisa com simplicidade. Como nossa mente é muito complexa, perdemos a simplicidade. Refiro-me àquela simplicidade que nos torna capazes de olhar as coisas diretamente e sem medo, capazes de olhar a nós mesmos sem nenhuma deformação, de dizer que mentimos quando mentimos e não esconder o fato ou dele fugir.
É preciso viver, nada mais que isso. As pessoas estão apenas existindo e se prendendo aos medos adquiridos. Viver é conhecer a si mesmo, é libertar-se. Pensar nisso, é abrir os olhos e encarar o que sempre fugimos: A verdade.
Finalizo com Milton Nascimento que nesta canção, disse tudo:
Quando me aquieto, penso tanto... Pensar é abrir os olhos. Tenho observado tantas coisas dessa nossa existência, que a cada dia que passa, sinto que somos tão só aquilo que queremos. Afligimos-nos tanto, exigimos ao máximo de nós mesmos e dos outros, quando na verdade, nossa luta é vã! Eu tenho sim, minhas certezas e verdades que jamais irão mudar, pois justamente de vivê-las é que as tenho. Eu não acredito que as pessoas consigam amar em unidade. Eu não acredito que o Divino pune. Eu não acredito que exista algum sentimento que seja eterno, por isso, ele só vive enquanto realmente faz sentido. Eu não acredito que quando se morre se deixa de existir. Eu não acredito que o passado faça valer alguma coisa no presente.
Eu não acredito que alguém consiga viver em paz, traindo seus próprios sentimentos. Eu não acredito que alguém possa amar outro, antes de si mesmo. Eu não acredito que alguém possa se sentir realizado provocando a dor alheia. Eu não acredito nos homens e em suas regras. Eu não acredito na fé do dinheiro e nos templos majestosos erguidos em nome da farsa. Eu não acredito em coisas que não vejo, por isso, acredito tanto em Deus, pois, o respiro, o sinto e o vejo a todo instante.
Eu não acredito quando me dizem que sou a metade que falta, pois, somos únicos, basta-nos somar apenas. Eu não acredito que alguém não possa acreditar no amor. Esse amor universal, desprendido e verdadeiro, seja ele, da maneira que for. No quê acredito, então, se sou tão descrente de tudo?
Eu creio é na divindade das flores, do sol, da vida... Nos sorrisos fáceis cobertos pela inocência. Nas palavras simples ditas em horas improváveis. Eu creio nas idéias bem distintas e cheias de razão. Eu creio nos olhos que me consomem por completo. Eu creio na paixão, porque essa nos move, nos flameja o sangue e nos excita a todo o momento. Eu creio na persistência em fazer o bem e no reconhecimento dos erros. Eu creio no amor como um todo, sem distinções ou vagos interesses. Eu creio nas palavras que me chegam vivas, ditas ou escritas da forma mais intensa. Eu creio no Deus que me fez assim e que me faz aceitar exatamente quem sou eu. Eu creio na alma e na fé depositada todos os dias.
Eu creio nas pessoas que somam comigo. Eu creio na palavra amiga que não julga, apenas compreende e aceita. Eu creio no sentimento de agora, que me dá forças para continuar seguindo, creio então, infinitamente no AMOR, que à mim não é simples palavra, e sim, um resumo dessa minha verdade, muitas vezes, inaceitável, mas, incrivelmente justa comigo, e isso, é o que importa. Eu não sei o que irá acontecer amanhã, por isso, cada minuto que vivo é um presente insubstituível.
Cada pessoa que conheço é um aprendizado, não importa se sorri ou chorei por conta disso. Devemos viver de tudo um pouco, pois, quem assim, nada experimenta, nada sabe dizer a respeito. Cada dia que passa é a vida acontecendo, e assim, não serei eu a arrepender-me de não tê-la vivido intensamente, finalizo com Drummond que um dia deixou escrito:
“ A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.”
Bem daqui onde estou já não dá pra voltar Nas alturas do amor onde você chegar Lá eu vou E o que mais a fazer a não ser me entregar? a não ser não temer O abismo em seu olhar ou é mar? Ah, ah, ah...No seu olhar... Não há precipícios na vertigem do amor Só descobre isso quem se jogou Não sou eu que me faço voar o amor é que me voa E atravessa o vazio entre nós pra te dar a mão Não sou eu que me faço voar o alto é que me voa Meu amor é um passo de fé no abismo em seu olhar Ah, ah, ah...No seu olhar Ah, ah, ah... Me vejo andar no ar lá no abismo lindo no seu olhar Não há precipícios na vertigem do amor Só descobre issoquem se jogou Ah, ah, ah...No seu olhar Ah, ah, ah... Me vejo andar no ar lá no abismo lindo no seu olhar Ah, ah, ah...No seu olhar Ah, ah, ah... Me vejo andar no ar lá no abismo lindo no seu olhar
As rimas valiosas aos versos ainda trago Deixando-as saltarem em minha mão Tocando o papel puro em doce afago Para dizer em verdade o que sente o coração.
São tão solenes essas minhas palavras de agora Onde há um súbito entender de coisas plenas Que me faz debruçar em consciência a fora Onde ao som de clarins componho melodias serenas.
Eu sou o verso de amor bem rimado e talhado Eu sou esses seus olhos que me vêem de verdade Essas mãos que me seguram de bom grado Esse coração que ama agora em liberdade.
São versos, amor, apenas versos de simplicidade cega Palavras de uma mesma hora e de um jeito só nosso Mas, são esses, os versos que a alma não renega São esses os versos que negar eu já não posso.
Áudio do poema
* São seus, são nossos. Eu não sou poeta, mas, faço desses versos simples, meu presente, minha verdade e meu mais sincero sentimento.
Do castanho dos teus olhos ao ondulado sutil dos teus cabelos, tens o cheiro da fruta silvestre. Doce amora. Teu desenho é simples como as pequenas folhas, tua boca viçosa adere ao capricho do meu beijo. Tuas palavras queimam-me a alma.
Apontamentos
A palavra de agora, não é árdua e nem remete injúrias, apenas preenche as fendas abertas pelo não dito. Carrego em minha face tudo o que sou. Tenho aceitado e aprendido sobre a vida, e enxergo em mim toda a necessidade que procuro. O medo já não me abraça como antes. Tenho é uma eterna e desmedida impaciência em viver. Viver de beijos ou de lágrimas, não importa. Só não quero viver de mentiras. Quero me fartar até das coisas que eu não tive, e divagar mil vezes sobre qualquer coisa que me cure. Eu quero gritar até que me peçam silêncio. Quero me calar até que peçam para ouvirem a minha voz. Quero escrever até que meus dedos sagrem. e, quero amar quantas vezes for preciso, Só para sentir minha alma plena e segura. Nada mais justo que o amor. Pobres daqueles que se confundem. O amor é livre como um pássaro do céu. Não suspeita mal como dizem, Nem ao menos faz com que o ódio tome o seu lugar. Sinto-me como água limpa, vento tranqüilo e flor que acaba de nascer. É como se o mundo fizesse sentido a cada novo segundo. E a vida sorrisse como criança em dia de festa. É tão simples viver tudo isso. É tão fácil amar exageradamente. Amar a você mesmo, depois o outro... E os tantos outros que existem. Aprendi sobre quem sou, Mesmo sem saber ao certo sobre isso. Sou poesia, quem sabe... Sou um tormento ou uma calmaria sem fim. Sou um coração que no peito não cabe. Sou essa escrita e serei sempre assim.
O poeta só finge a dor, e não o amor que o fizeram acreditar. Isso é impossível.
Sinta o amor
Quando a sombra da tarde e as estrelas aparecerem, e não houver ninguém para enxugar suas lágrimas, eu irei te abraçar por um milhão de anos para fazer você sentir o meu amor.
Vórtice serena
Vórtice serena de mim, acalenta meu suspiro e pranto.Ressoa teu som para eu encontrar meu recanto.Esvoaça meu pensamento nessa folha em branco:Quero ouvir o vento varrer qualquer maior desacerto.E nesse turbilhão de pensamentos, quero a brisa mais calma. Quero o sussurro suave da paz que eu mesma inverto.Quero tua voz levando-me junto nas paragens da alma.
O poeta
O poeta é um egoísta louco, pensa nele, tão somente nele e dele se faz outro. Gosta da cor do sangue fruto do espinho, porque se iguala ao carmim da rosa. Aprecia do amargo ao doce do vinho, e acha graça de sua sina dolorosa, e nesse mundo em que ele é submerso, segue a todo custo a escrever, para que todos saibam, Que um poeta sem tristeza ou alegria, jamais saberia o que é viver.
O azul da tinta
Eu tenho muito que escrever. E as minhas mãos sedentas para sangrarem o azul da tinta, irão registrar aflitas esses sentimentos meus. O poeta escreve para que cada palavra sinta, que aos versos, ele jamais dirá adeus.
Reparo os meus instantes, e penso do é feita a existência.Vejo o enlaçado do vento que abraça aquelas árvores,ele as beija como se fosse o tão esperado amante.Elas o recebem, pois, sabem que jamais ele se ausenta.E aos pés daquele ribeiro, nascem pequenas flores,que decoram em suas miudezas a paisagem nobre.Libélulas beliscam o espelho d’água, brincando faceiras.Desnuda-se o céu, e, cada nuvem encontra seu caminho.As cores do crepúsculo anunciam a alvorada,A vida ressurge por entre as falácias dos pássaros,que em revoada, desenham a liberdade nos céus.Nesse instante, respiro o renovado do ar que me cerca.Sou não só aquilo que sei, mas, tudo o que agora contemplo.Atento meus olhos a perfeição dessas cenas,e nada mais reconheço, senão a vida.Deixo-a invadir-me sem licença, sem pedidos,sem bloqueios, culpas ou arrependimentos.Sem complicações maiores.Quero dela o simples.Quero reter-me nas flores.Quero desenhar nas nuvens.Quero dançar com o vento.Quero brincar com as libélulas.Quero ser pássaro do céu.
Sem compromisso
Por que me falho? Por traço um caminho, e escolho um atalho? Faço falta a mim quando caminho sozinha. Sinto uma solidão pequena, perdida em meio a casa. Nesses momentos, sou pássaro de uma só asa. Pássaro de uma só asa não voa. Coração que ama sozinho destoa. Poesia atada se solta. Caminho escolhido, nem sempre tem volta. Sim, eu oscilo nos versos, sempre faço isso, porque sou escrava dessa minha poesia sem compromisso.
Intranquilidade quieta
Por um poema pequeno, um verso sem rima; ou, um poetar sem sentido; escrevo por breve descuido, promessa curta ou necessidade. Rabisco o papel a fim de curar-me. Recolho com zelo absoluto cada palavra, depois as uso com intensa maldade. Oscilo.Sim, eu oscilo nos versos. Amanhã uma nova inspiração,um novo rosto. E assim, vou sendo poeta,vivendo tão somente, dessa minha intranquilidade quieta.
Vida
Há muito o que ser escrito...
A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.