sábado, 18 de dezembro de 2010

A cura


Para minhas dores

Seu sorriso

Para meus achaques

Suas mãos

Para a amargura da vida

O meneio dos seus quadris

Para não te perder, minha deusa

Faço oblação

Para as futilidades da massa

Suas ideias autênticas

Para não chafurdar em desgraça

Nossa lassidão latente

Para os dias de solidão

A memória de suas curvas

Para dias entre multidão

Sua voz, aos meus ouvidos, em música

Para acreditar em mim

Saber que minhas mãos te tocaram

Para acreditar em deus

Ter ao meu lado você: presente raro

Para não duvidar da vida

A vida viver sem peias

Para quebrar os grilhões da hipocrisia

Buscar em seus olhos a centelha

Para a cura do que não tem remédio

Tal qual meu inquebrantável furor

Buscar em pétalas de Rosa

O amor de meu amor

A cura para os meus males

É viver em ti

O homem que de fato sou

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Eu preciso dormir


Sinto uma dor no peito, um fracasso instalado.
Sinto pena de mim porque sou dona de todas as penas do mundo.
Deveria agora sorrir e esquecer como tantas vezes fiz.
Deveria envergonhar-me de não estar dormindo como os comuns que não perdem o sono pensando em suas fraquezas.
Eu sou agora um fragmento de qualquer coisa triste.
Eu sou agora a tristeza sorrindo de mim.
Faz tempo que eu não sabia o que era chorar, mas, hoje, vi que não perdi o jeito com lágrimas.
Faço-me mal agora, e na confusão das coisas, sento-me a beira da estrada que tornou-se longa e totalmente sem rumo.
Eu jurei não mais desapontar minha alma e agora faço isso de forma tão vil.
Preciso de mim novamente.
Quero olhar-me por dentro do íntimo e buscar o que sou.
Preciso dormir, sonhar e morrer para as dores.

Vida

Vida
Há muito o que ser escrito...


A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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