A mesma cor e o perfume que meneia entre as folhas novas que depois da chuva aviva as cores que desenham as delicadas flores que se abraçam aos ramos como amantes eternos de almas acesas que nas concedidas horas passeiam nessas paisagens oníricas. Pensamentos, lentos, tantos... A vida devagar como o suave vento que cala as tolas falas dos que desconhecem o entender da vida.
Aos que seguem, deixo à beira do caminho um delírio: “Enlouqueço com razão, tão só a razão dos que amam” O dito soa como mesmice ou mesmo um martírio Mas, é o amor de sempre que tantos aclamam.
E tudo que a boca em palavras não diz Faz-me deixar em talhe estas rimas minhas Para que saibas que a alma leve e feliz Segue a dizer-te de amor por estas linhas
Quem em paz discorre em versos o sentimento Eleva o coração enamorado a ser todo poesia E os olhos vicejam como flores em agradecimento Ao beijo esperado do sol de cada dia.
E a alma em definitivo se aquieta Acolhida como pássaro em regresso ao ninho Porque sabe que o coração de um poeta Agora encontrou o seu caminho.
Talvez eu não saiba tecer as linhas mais belas, nem mesmo consiga expressar o que meu peito sente nesses dias de paz. Eu ando tão de bem comigo, tão feliz, tão completa... Eu ando pela estrada da exatidão, contemplando flores, sorrindo enquanto a luz do sol me banha e a noite traz a brisa fresca da tranqüilidade. Tudo isso só porque alguém existe e me olha com olhos de menino, me beija como se eu fosse à última, me toca da maneira mais perfeita e me aceita exatamente como eu sou.
É privilégio sentir tudo o que estou sentido e na raridade desses sentimentos todos, apenas sorrio de alma leve. Não foi o destino que traçou linhas, ou as estrelas que serviram de guia, foi meu coração que permitiu sentir de maneira real, pura, absoluta. Eu tenho agora motivos suficientes para crer que o amor transforma não só as pessoas, mas, também tudo que as cercam. É simples agora entender de mim, saber quem sou e o que posso ainda ser, porque você me norteia e oferece a chance de cada dia, ser alguém melhor e feliz.
A felicidade que tantos procuram e pensam estar nos grandes feitos de amor, está tão somente na delicadeza do sorriso, na atitude madura, na conversa sensata, no gesto simples de carinho, na saudade boa, na compreensão... A felicidade faz morada nos olhos e na alma de quem se permite. Permitam-se todos, não esperem que a vida passe somente por existência. Vivam como se realmente nada mais existe amanhã, só assim, tudo realmente valerá pena.
Eu preciso do teu perfil exato Do teu sorriso certo e fácil Quanto meus olhos te contemplam. Eu preciso respirar-te sutilmente Viver mil vezes em teu corpo Acolher-te em meu peito E sossegar a alma minha e tua.
O amor é o encontro de duas metades, é a junção perfeita das parcialidades num todo uno e indivisível; ele é o novo do que é para sempre, é o que acaba de acontecer do que sempre existiu e do que perenemente existirá; é uma lágrima minúscula de infinitas misturas: dor, prazer, felicidade, tristeza, saudade, lembrança, carinho, desejo, querer, pensar, sentir; é a dor de sermos finitos diante do nosso bem-querer infinito.
O mundo continua igual. Amamos, odiamos, sorrimos e choramos, e o mundo é sempre o mesmo. Quando digo que nada muda, eu estou certa como nunca estive em toda a minha vida. O segredo é mudar as atitudes, mudar a consciência, mudar as rotas e jamais o que somos. As pessoas usam uma centena de desculpas. Acham-se menores, insuficientes, traumatizadas... Estou cansada de gente traumatizada, desconfiada, depressiva!!! Eu sei, que não é nada romântico ou poético o tom das minhas palavras de agora, não estou nem aí! Aqui é território livre.
O bom dessa vida é encontrar respostas sozinhos, aliás, é assim que encontramos as respostas exatas, observando e entendendo a nós mesmos. Se alguém te fez sofrer, te decepcionou, traiu sua confiança, te usou ou mentiu, saiba tirar proveito disso. Encontre motivos, encontre pessoas, encontre você mesmo. Vá ver o mundo lá fora! Saia, mas, não para “noitadas” se isso nem te interessa. Saia para curtir as cores da vida, o sorriso das crianças, as histórias dos velhos... Vá ver a vida acontecendo. Abrace as pessoas, mas, as pessoas reais e não as que você sequer nunca viu. Beije como se fosse a última coisa que irá fazer na vida, ame de coração livre e não se prenda ao passado. Que mania besta que as pessoas têm de se acorrentarem aos fatos mortos, isso só traz melancolia, e gente melancólica é chata pra caramba!
Há tanto o que aprender e entender e a maioria fica morrendo devagar... Credo, tem coisa pior que morrer aos poucos? Mas, a vida é feita mesmo de escolhas, eu escolhi escrever esse texto que talvez nem faça sentido à ninguém, mas, pra mim é extremamente importante, pois foi observando a vida que encontrei o sentido de se estar aqui nesse mundo e escrevendo nesse momento.
Aprendi a ouvir, a contemplar e a agradecer. Aprendi que o amor existe sim e, antes de qualquer coisa, devemos amar o que somos e nos aceitar todos os dias. Nada de agradar para ser aceito, que bobagem! . Não se preocupe em ficar reverenciando as pessoas, (eu já fiz isso e sofri horrores, rs!) preocupe-se em fazer o bem e aprender. A vida vale demais a pena.
Eu desejo o bem comum a todos, mesmo sendo algo impossível. O que me faz agir assim é sentir-se realmente feliz pelo que sou e por todas as vezes em que quebrei a cara, errando, caindo, levantando... Se não fosse assim, não teria graça, mas pra para que isso aconteça: VIVA! E encontre motivos para isso, há tantos, tantos... Hoje, depois de muito tempo, choveu aqui. Que coisa mais perfeita é a chuva... O cheirinho bom da terra, a água escorrendo, a brisa fresquinha... Ai.. ai... Um beijo, um abraço, um sorriso...
O sangue vertido nas veias eriça os pelos e o ardor febril corre a alma inteira. A tez macia de cheiro único: Seu corpo . Cheiro da Rosa exalado, que entregue, pulsa. É profano, é sagrado quando você é meu ninho e pecado. Quando o gosto inédito não sacia, nunca. A delícia do doce da fruta: Sua boca. E ao som da nossa canção, seguiremos juntos e certos um do outro. Viveremos de suspiros profundos, de gemidos só nossos, e do nosso amor além de tudo. E romperemos através do silêncio e através da noite, a noite toda, toda a noite.
...Cadê a minha flor de simpatia?... Ah, se eu pudesse Faria um projeto novo deste mundo Juro que faria Construiria um grande jardim Do mundo todo Só para a sua alegria Tiraria os espinhos E os esconderia Ah, minha Linda... A sua felicidade me contagia Vai, ri, me dá essa alegria Eu nem fico triste com a sua tristeza Só para não te aborrecer Eu sei que é da sua natureza Não querer me ver entristecer Mas você sabe... Sabe que o motivo desse meu riso é você Então ria lindo, minha Linda Para eu continuar te tendo Como estou acostumado a te ver E tudo fica tão mais lindo quando minha Rosa sorri Que, minha Linda, a Rosa já não pode morrer A Rosa é para sempre Como para sempre é o meu riso por você...
... O tempo pára, o ar estaciona no ar, e a vida se congela numa grande saudade...
Bem assim é que somos: Fogo ao tocar da pele; Toque suave da pele; Sentidos escancarados. Segredos febris contados em alcova; Nós, descrição do belo mais belo... Desejo em pecado; Verdade infinita jamais vivida; Vivemos da espera delongada e curta; Apreciando um ao outro em distância. E assim, temo-nos mais que qualquer um possa ter Forte impulso, razão desmedida. Juntos, dois loucos vivendo de: Horas poucas, Palavras exatas, Bocas sedentas, Pele em brasa... Ligação de almas que de tão gêmeas, Vivem longe como se perto estivessem. Sempre tão juntas, Sempre tão entendidas, Sempre voando ao céu sem ter asas. Infinitas possibilidades De juntas estarem pra sempre, Mesmo sem nenhuma promessa, Mesmo em imensa saudade, Que mesmo que pese no peito Faz um sofrer necessário. Seguindo os mesmos caminhos Ouvindo as mesmas canções Vendo paisagens iguais Vivendo um do outro De amor e de paz.
Olhos... Atentos Mãos... Inquietas Respiração... Arrítmica Pele... Ardente Voz... Suave Toque... Êxtase Sabor... Das delícias Contato... Delírio Mãos... A apertar Voz... A gemer Pele... A se queimar Respiração... A explodir Movimentos... A alucinar Prazer... Sem conta Prazer... Inédito Prazer... Prazer!
Para além das nuvens do céu dito a paz que guardei em segredo que em dias mansos me acalma. Não sou eu nuvem cinzenta nem menos lágrima perdida. Sou qualquer coisa verdadeira esculpida em certeza e realidade. o eterno abismo sem fundo agora é um sereno raso lago a espelhar meu sorriso fácil. Os dias são de novos azuis e na alma não habita o sentido pávido Foram-se as horas dantes arrastadas. Quebraram-se as ferrugentas correntes. Abandonaram-me as tristezas infinitas.
Ofereço aos olhos do mundo o meu sentimento mais profundo deixando em tranquila linha essa simples poesia minha:
Deixo de ser poeta aflito Porém, a rima minha ainda grito pra dizer que é tão imenso e bonito o estado de graça infinito que meu coração tanto quer deixar escrito.
Eu preciso escrever sobre tudo o que acontece. Eu necessito da palavra libertadora para expressar tudo o que sinto a cerca das coisas. As coisas acontecem e o mundo continua o mesmo. Já pararam para perceber a grandeza disso tudo? Por que tantas vezes sofremos e arrastamos conosco outras pessoas, se o mundo realmente em nada vai mudar? O sol irá nascer todos os dias, as chuvas e os ventos irão vir, sejam tranqüilos ou intensos. Nada muda, a não serem nossas atitudes. Eu já disse um milhão de vezes que não mudamos o que somos, mas, melhoramos a cada dia. Quais são as perspectivas de vida que você tem? O quê te espera? O quê pode te fazer sorrir? O quê realmente vale a pena nessa loucura toda? Tudo faz valer a pena, desde que se aprenda com isso. Eu deixei de crer para então entender. Não me prendo mais a sofrimentos, mesmo que eu queira, não posso me ver triste.
Na realidade, as coisas só acontecem porque queremos. Pra quê escolher o sofrimento quando se sabe como ele é? Já notaram quantas vezes fugimos para não encarar nossa verdade e até mesmo a verdade alheia? Só quem sofreu demais, pode dizer de sofrimento. E digo, ele só nos enobrece. Fico triste pelos que sofreram e cultivam agora um coração amargurado. Sejamos livres, meus amigos! Libertemo-nos de todas as amarras cruéis que nos impedem de sorrir para um simples dia de sol. Problemas? Quem não os tem? A vida seria eternamente sem graça se tudo fosse doce. É preciso saber do dissabor do fel e do sal de cada lágrima, para então, aprender quem somos bons e que queremos apenas entendimento. Está aí o grande lance da vida: entender.
Enquanto pensei no que poderia ter sido; enquanto meu quarto foi um retiro; enquanto minhas lágrimas insistiam; enquanto acreditei em outros mais que em mim, eu sofri. Vivia na ilusão de querer entender porque os outros eram e eu não era daquele jeito que queriam. Bobagem. Nada mais que isso. Hoje, olhando-me no espelho, posso enxergar o que os anos me fizeram. Não me trouxeram nenhuma ruga, nenhuma amargura ou dor incontida. Eles me trouxeram as certezas e as possibilidades de escolha. Nem sempre escolhi o certo, mas, decidi fazer o que achava certo. E fiz. Eu posso dizer que fiz e faço mil vezes se for preciso, porque já sei entender o que pode me trazer dor ou alegria.
Eu sei viver e tenho orgulho disso. Não me atormenta a solidão porque sei que jamais viveremos sozinhos, há sempre um alguém a entender o que só você pensa que entende. Eu sigo junto, de mãos dadas e passos marcados. Sigo com quem me ensinou que são nas coisas miúdas que se concentra a essência da vida. Quero nossos sorrisos sempre, até que esse sempre dure, e que mesmo que não seja eterno, eu farei com que seja. Isso é amor. Somos melhores quando entendemos dele [o amor] essa força vital, cúmplice e perfeita, e que só vivemos de fato, quando passamos a entendê-lo em toda a sua grandiosidade.
Devemos amar sempre. Amar na medida certa e apaixonar-se todos os dias. Nada de exageros. A vida não é exagerada! A vida é feita de uma simplicidade absurda. Se achei as respostas, se encontrei minha estrada e se o mundo me sorri, é porque equilibro-me e vivo cada dia na certeza de que sou feliz porque entendo a mim antes de qualquer coisa. A partir daí, tudo fica claro e preciso, simples assim.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
-Você é o detalhe que faz valer a pena todo o resto.
Do vago silêncio delongado ao grito incontido de desejo: Quero- te, amor! E assim, cá estou a espreitar teu tempo. Perseguindo-te em sonhos. Desejando-te por completo.
É quase um desespero... O peito em aflição e êxtase se corrói. Os olhos sondam cada gesto. O coração parece retalhado. Dói e não dói. É dor que sana com o sorriso que me dá. É um toque de mão desesperado. É sentimento em fogo. É o exato que em hora certa se fará.
Sofro da angústia dos que amam. E alegro-me como jamais pensei. Resisto até as lágrimas que não ousam. Para dizer-te que meus sentidos clamam por cada beijo que ainda não te dei.
Não é necessário um tempo, apenas os sentimentos contam. E quando um sorriso se desprende, os pássaros entoam melodias raras, as cores avivam-se aos olhos e vida ganha mais vida. As coisas antes desentendidas tornam-se simples quando dois se tornam um só, num mundo perfeito onde o coração se embriaga, a alma dança ao tocar de sinos e as certezas descansam na verdade que somos.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Há algo diferente em mim Existe um ser pensante, mas tem também uma alma pulsante... Tenho um quer que seja de coletor de Rosas, porém, só uma Rosa me interessa... Alguns temem o negro das coisas, eu me inspiro em suas negras pétalas... Outros sentem fobia das profundidades, eu adoro mergulhar em seus lagos de caramelo... A maioria fica esperando o obvio, eu sonho com suas surpresas... Aqui e ali, todos temem e fogem da verdade, eu espero, ansioso, por suas máximas... Todos parecem correr do desconhecido, eu anseio a novidade que ela me trás... Esses pequenos querem prendê-la, eu adoro ver seu voo em liberdade...
É... Eu sou um tanto estranho... Mas me prefiro assim: tão meu, ao ponto de ser todo seu...
Todo Seu Querer Fagner Composição: Roberto Mendes, Capinan
Quando o amor olha pra voce Querendo te prender Nos braços de alguem Quando o amor fala pra voce Com palavras loucas Todo seu querer E quando o amor tem sabor de fruta Colhei em tua boca, a manga madura E a tua mão em fogo Acende teu corpo Tira tua roupa Procurando a flor Ai, amor Diga sorrindo Ai, amor Seja bem vindo Ai, amor Diga chorando, amor Voce chegou Ai, amor Diga que volte Ai, amor Beijo de adeus Quando se for
...Quero te possuir tal qual a amantes que contestam uma falsa fé, como os revolucionários que contestam as normas da sociedade, como os pensadores que sabem que a existência vai além das falácias e ingenuidades...
...Pecadores, incertos pecadores nós somos. Definimo-nos um no outro. Pecamos por sabermos que não há mais como deixar de sermos castos para o desejo incontrolável que sentimos. Nós dois, versos de um poema, rimamo-nos. Nós dois, notas de um mesmo tom, tocamo-nos. Ainda há muito que descobrir. Ainda há estrelas para serem alcançadas em única noite e isso é apenas o princípio de tudo o que podemos ter...
...Ah, e como nós podemos, minha Linda, pois quando a gente encontra alguém de fato especial, a gente fica assim: incontido, desejoso, dono de uma vontade gigantesca de tudo, por ser esse sentimento um tudo...Vamos ser nós mesmos, para o bem e para o mal, não importa; vamos ser nós mesmos para o nosso prazer, nosso, só nosso, egoísta, autêntico, e verdadeiro.
Tenho visto amores sem vida, pintados e revestidos por belas molduras. São eles, cores e refinos, mas, apenas, bela pintura. São eles, dores, tragédias românticas... São eles tão certos de si, tão infinitamente eternos. Tão castos; tão servis... Eu quero é esse “ERRRO”; esse desconexo sem previsões; mas, carregado de certezas. Eu quero a saliva, o suor; o toque; o riso; o êxtase... Eu quero a paixão fervilhando nas entranhas... Eu quero poder dizer o que sinto, sendo pra sempre verdade, mesmo mil vezes errando. É assim que nós dois acertamos o passo, na poesia, no desejo, no coração e na alma. É assim, que a vida passa a ser vida de fato. Que seja efêmera, mas, que venha nua e intensa. Que seja curta, mas, que faça valer os segundos, como esses, que faz nosso tempo, só nosso.
A alma tem perfilado em arredores buscando mais de mim a todo instante deixando exposta as minhas reflexões. Nunca tive saudade de ser o que eu não era. Nem sei dizer mais o que fui. Só sei dizer o que sou agora: Sou esse traçado de linha. Sou essa face.
Não tenho mais o abatimento das coisas. Apenas observo à margem os que sorriem por tragos baratos falseando uma sobriedade medíocre sendo apenas débeis alcoólatras escravos do ópio de sempre. E de sempre e de sempre... Sempre tão igual. Cheirando mesmice de papéis velhos... ...Falta de vida.
***
Não tenho mais o de antes. Não tenho mais angústias! Não sofro do espírito! Eu sinto é o sangue correr. Eu sinto na pele. Eu sinto na alma. Eu sinto até os ossos.
Poesia foi um dia dor distorcida em palavra. Foi agonia de noites sem sono, solidão, solidez, abandono... Minha alma enfim se aquieta. Mas, quem disse que alma de poeta é quieta?
Esperamos que alguém nos diga o que é conduta justa ou injusta, pensamento correto ou incorreto e, pela observância desse padrão, nossa conduta e nosso pensar se tornam mecânicos, nossas reações, automáticas. Pode-se observar isso muito facilmente em nós mesmos.
Durante séculos fomos amparados por nossos instrutores, nossas autoridades, nossos livros, nossos santos. Pedimos: "Dizei-me tudo; mostrai-me o que existe além dos montes, das montanhas e da Terra" - e satisfazemo-nos com suas descrições, quer dizer, vivemos de palavras, e nossas vidas são superficiais e vazias. Não somos originais. Temos vivido das coisas que nos tem dito, ou guiados por nossas inclinações, nossas tendências, ou impelidos a aceitar pelas circunstâncias e o ambiente. Somos o resultado de toda espécie de influências e em nós nada existe de novo, nada descoberto por nós mesmos, nada original, inédito, claro.
O que agora vamos fazer, por conseguinte, é aprender a conhecer-nos, não de acordo com certo analista ou filósofo; porque, se o fazemos de acordo com outras pessoas, aprendemos a conhecer essas pessoas e não a nós mesmos. Vamos aprender o que somos realmente.
A compreensão de nós mesmos não requer nenhuma autoridade, nem a do dia anterior nem a de há mil anos, porque somos entidades vivas, sempre em movimento, sempre a fluir e jamais se detendo. Se olharmos a nós mesmos com a autoridade morta de ontem, nunca compreenderemos o movimento vivo e a beleza e natureza desse movimento.Pois bem; onde começarmos a compreender a nós mesmos?
Não posso existir sozinho. Só existo em relação com pessoas, coisas e idéias e, estudando minha relação com as pessoas e coisas exteriores, assim como com as interiores, começo a compreender a mim mesmo. Qualquer outra forma de compreensão é mera abstração, e não posso estudar-me abstratamente; não sou uma entidade abstrata; por conseguinte, tenho de estudar-me na realidade concreta - assim como sou, e não como desejo ser.Não há sensibilidade se existe alguma idéia, que é do passado, dominando o presente. A mente já não é então ágil, flexível, alertada.
Para compreendermos qualquer coisa, temos de viver com ela, observá-la, conhecer-lhe todo o conteúdo, a natureza, a estrutura, o movimento. Já experimentou viver com você mesmo? Isso é dificílimo, porque não sabemos olhar nem escutar o nosso próprio ser, assim como não sabemos olhar a beleza de um rio, ou escutar o murmúrio da brisa entre as árvores.
Uma das coisas mais difíceis do mundo é olharmos qualquer coisa com simplicidade. Como nossa mente é muito complexa, perdemos a simplicidade. Refiro-me àquela simplicidade que nos torna capazes de olhar as coisas diretamente e sem medo, capazes de olhar a nós mesmos sem nenhuma deformação, de dizer que mentimos quando mentimos e não esconder o fato ou dele fugir.
É preciso viver, nada mais que isso. As pessoas estão apenas existindo e se prendendo aos medos adquiridos. Viver é conhecer a si mesmo, é libertar-se. Pensar nisso, é abrir os olhos e encarar o que sempre fugimos: A verdade.
Finalizo com Milton Nascimento que nesta canção, disse tudo:
Quando me aquieto, penso tanto... Pensar é abrir os olhos. Tenho observado tantas coisas dessa nossa existência, que a cada dia que passa, sinto que somos tão só aquilo que queremos. Afligimos-nos tanto, exigimos ao máximo de nós mesmos e dos outros, quando na verdade, nossa luta é vã! Eu tenho sim, minhas certezas e verdades que jamais irão mudar, pois justamente de vivê-las é que as tenho. Eu não acredito que as pessoas consigam amar em unidade. Eu não acredito que o Divino pune. Eu não acredito que exista algum sentimento que seja eterno, por isso, ele só vive enquanto realmente faz sentido. Eu não acredito que quando se morre se deixa de existir. Eu não acredito que o passado faça valer alguma coisa no presente.
Eu não acredito que alguém consiga viver em paz, traindo seus próprios sentimentos. Eu não acredito que alguém possa amar outro, antes de si mesmo. Eu não acredito que alguém possa se sentir realizado provocando a dor alheia. Eu não acredito nos homens e em suas regras. Eu não acredito na fé do dinheiro e nos templos majestosos erguidos em nome da farsa. Eu não acredito em coisas que não vejo, por isso, acredito tanto em Deus, pois, o respiro, o sinto e o vejo a todo instante.
Eu não acredito quando me dizem que sou a metade que falta, pois, somos únicos, basta-nos somar apenas. Eu não acredito que alguém não possa acreditar no amor. Esse amor universal, desprendido e verdadeiro, seja ele, da maneira que for. No quê acredito, então, se sou tão descrente de tudo?
Eu creio é na divindade das flores, do sol, da vida... Nos sorrisos fáceis cobertos pela inocência. Nas palavras simples ditas em horas improváveis. Eu creio nas idéias bem distintas e cheias de razão. Eu creio nos olhos que me consomem por completo. Eu creio na paixão, porque essa nos move, nos flameja o sangue e nos excita a todo o momento. Eu creio na persistência em fazer o bem e no reconhecimento dos erros. Eu creio no amor como um todo, sem distinções ou vagos interesses. Eu creio nas palavras que me chegam vivas, ditas ou escritas da forma mais intensa. Eu creio no Deus que me fez assim e que me faz aceitar exatamente quem sou eu. Eu creio na alma e na fé depositada todos os dias.
Eu creio nas pessoas que somam comigo. Eu creio na palavra amiga que não julga, apenas compreende e aceita. Eu creio no sentimento de agora, que me dá forças para continuar seguindo, creio então, infinitamente no AMOR, que à mim não é simples palavra, e sim, um resumo dessa minha verdade, muitas vezes, inaceitável, mas, incrivelmente justa comigo, e isso, é o que importa. Eu não sei o que irá acontecer amanhã, por isso, cada minuto que vivo é um presente insubstituível.
Cada pessoa que conheço é um aprendizado, não importa se sorri ou chorei por conta disso. Devemos viver de tudo um pouco, pois, quem assim, nada experimenta, nada sabe dizer a respeito. Cada dia que passa é a vida acontecendo, e assim, não serei eu a arrepender-me de não tê-la vivido intensamente, finalizo com Drummond que um dia deixou escrito:
“ A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.”
Bem daqui onde estou já não dá pra voltar Nas alturas do amor onde você chegar Lá eu vou E o que mais a fazer a não ser me entregar? a não ser não temer O abismo em seu olhar ou é mar? Ah, ah, ah...No seu olhar... Não há precipícios na vertigem do amor Só descobre isso quem se jogou Não sou eu que me faço voar o amor é que me voa E atravessa o vazio entre nós pra te dar a mão Não sou eu que me faço voar o alto é que me voa Meu amor é um passo de fé no abismo em seu olhar Ah, ah, ah...No seu olhar Ah, ah, ah... Me vejo andar no ar lá no abismo lindo no seu olhar Não há precipícios na vertigem do amor Só descobre issoquem se jogou Ah, ah, ah...No seu olhar Ah, ah, ah... Me vejo andar no ar lá no abismo lindo no seu olhar Ah, ah, ah...No seu olhar Ah, ah, ah... Me vejo andar no ar lá no abismo lindo no seu olhar
As rimas valiosas aos versos ainda trago Deixando-as saltarem em minha mão Tocando o papel puro em doce afago Para dizer em verdade o que sente o coração.
São tão solenes essas minhas palavras de agora Onde há um súbito entender de coisas plenas Que me faz debruçar em consciência a fora Onde ao som de clarins componho melodias serenas.
Eu sou o verso de amor bem rimado e talhado Eu sou esses seus olhos que me vêem de verdade Essas mãos que me seguram de bom grado Esse coração que ama agora em liberdade.
São versos, amor, apenas versos de simplicidade cega Palavras de uma mesma hora e de um jeito só nosso Mas, são esses, os versos que a alma não renega São esses os versos que negar eu já não posso.
Áudio do poema
* São seus, são nossos. Eu não sou poeta, mas, faço desses versos simples, meu presente, minha verdade e meu mais sincero sentimento.
Tenho estado em poesia. Infinitamente finita. Impossivelmente possível. Idéia minha, grave ou tardia, De um sentido sofrível, Externo, e não meu. Sou eu nesse estado mármore frio. Sou eu nesse estado poético. Sou eu observando o riso patético. Sou eu vendo luz em lugar sombrio.
Vez após vez, respiro a fecunda rima. Desgarro do silêncio num alarido só. Mas, ninguém ouve aqui de cima, A minha idéia embalada em dó.
É triste ser poeta nessa hora. Quando a vida é efêmera, miúda e vazia. É triste, eu sei, mas, isso logo vai embora, Com o romper da aurora de um novo dia.
Deixo anônimo o sentimento. E desconhecido por um tempo. Um tempo breve como o sono de uma noite Ou, a passagem de um repentino vento.
Sim, é breve. Horas, dias, anos, dores... E os amores? Esses, são pra sempre. Esquecê-los, ninguém se atreve.
Então é melhor despir-me por enquanto. Deixar o sorriso dominar o pranto E ter o verso em estado de acalanto.
Áudio do poema
À Fabiane Paranhos, Angel e a todas as mulheres que jamais desistem da felicidade. Este poema é dedicado à mim que a cada dia aprende sobre pessoas. Este poema retrata tão só o sentimento da forma mais poética e verdadeira.
Nos quadrantes rompe-se o tempo corroendo as rimas e os restos. Hoje conheço o que antes era a curva anônima da estrada. Cada singular composto gesto... Em vão, nada. Válido como qualquer lágrima ou, descrença numa fé, talvez sem causa. Creio hoje no que as estrelas me dizem e também no brilho dos teus olhos quietos. Vivo tocando meus pensamentos em pausa, Voltando como pássaro ao velho ninho Rimando como poeta errante que encontrou seu caminho.
Vagos suspiros acompanham a felicidade que sobrevoa. Sorrio do meu pensamento. Durmo por achar tão sereno o recanto e a alma ampla alcança o fim do mundo. Em nuvens jazo sem nexo, ou fim... Fico em paz porque sonho, e, enquanto o mundo passa depressa demais, nós dois, paramos o tempo.
Neste momento em que seus olhos se ocupam das palavras que meu coração resolveu improvisar... Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar... Já que nessa vida, muita gente já me olhou depressa demais. Eu que nem sempre soube acertar... Agradeço. E o que nos torna amigas é a capacidade de sermos tantos, mesmo quando somos duas!!!
Pudesse eu parar o tempo quando seu sorriso se faz diante dos meus olhos. Você é como um dia repleto de cores; um vento fresco; uma chuva fina; o cantar solto de um pequeno pássaro e tudo de bom que meus olhos podem contemplar. Você é único e será infinitamente único. Que bom que existimos. Que bom que posso tocar sua mão, seu rosto, seu corpo... Que bom que os dias não são iguais e as horas não nos fazem sofrer. O tempo passa, a vida acontece e nossos sentimentos são plenos. Eu quero ouvir sua voz me dizendo das coisas simples e dos sonhos ainda não realizados. Eu quero um abraço seu quando tudo parecer confuso. Eu quero te abraçar quando você se sentir sozinho. Eu quero dizer diversas vezes que estarei contigo mesmo que distante. Eu quero aproveitar cada segundo ao seu lado e te fazer sorrir só pra que a minha alma se alegre por completo. Eu quero te dizer das coisas que ainda não disse e ouvir o que seu coração tanto deseja ainda me contar. Eu quero você assim, exatamente como você é.
Áudio do texto
*Isto, mesmo que possa parecer, não é triste. Isto é emoção, simples emoção.
Essas são minhas duas menininhas! Estopinha e Louis Lane. Eu amo cachorro. Eles são devotos, fiéis e sempre nos querem bem. São uns fofos. Essas duas aí, dão um trabalho tamanho, mas, me trazem uma alegria sem medida!
Estou muito feliz com esse mimo vindo da Angel - Pedaços de nuvem. Mais uma vez, ela lembrou de mim. Ela é mesmo um Anjinho lindo! Bem, segundo o que se pede, eu devo dizer 6 coisas sobre mim, eu vou dizer mais, pra vocês conhecerem um pouco mais:
1- Eu sou totalmente desorganizada, mas, só sendo assim eu consigo me entender. Minha bagunça é organizada, oras! rs.
2- Eu tenho 31 anos, e, adoro ter essa idade. Não me envergonho de falar.
3- Eu não assisto TV. Não assisto nada mesmo!
4- Eu sou completamente apaixonada pela obra de Fernando Pessoa.
6- Eu amo literatura política.
7- Eu adoro leite de soja.
8- Eu amo ser professora.
9- Eu converso com minha cachorra e ela entende. :)
10 - Eu odeio matemática.
11- Eu adoro dormir (Quando consigo)
12- Eu sou chocólatra.
13 - Odeio injustiças.
14- Eu sei perdoar e não consigo odiar.
15- Eu gosto de pessoas simples e humildes, principalmene idosos.
16- Eu não sei fazer nada mal feito.
17- Eu não acredito em religiões.
18- Eu não gosto de ostentação e luxo.
19- Eu sou extremamente ansiosa e isso me faz ter um apetide de leão!
20- Eu faço o possível e o impossível pelas pessoas. (Eu não deveria ser assim)
21- Ah, eu sou exagerada! hehehe! É isso!
Quem quiser fazer, pode fazer! Eu achei o máximo! Peço à todos que me acompanham, que façam!
Meus olhos não carregam o sono da vida real. Não tenho planos traçados cerrados entre quatro paredes nem minha alma está atada a sonhos impossíveis. Só tenho certezas, deste mundo incerto. Há um excesso estranho de possibilidades que fazem de mim um ser dispersamente atento. Cansei, cansei de fato. Não há lágrimas nem áureas melancólicas. Há tempos que não sei o que é chorar. Acho que deixei de ser poeta ou, poetizo sem crenças, quem sabe. Será que a minha poesia jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso? Isso é uma forma visível de costume: Significações que pulsam num peito nu e colhe no vasto chão das palavras o sentido das coisas que somente eu entendo.
Já que veio o sol... E o sol veio! E é outro dia a fluir, tão natural quanto os gestos dela; dela vamos falar. E já que me dei ao mister de dela falar, deixarei que ela, por si só, fale através da ponta do lápis que lambe o papel.
Jacque é criatura distinta, tem olhos vivos, ligeiros e incertos; parece-me que busca o que os sentidos não sentem. Ela fala, move-se, volve tronco de cinta, desloca o nexo do léxico, e passa o seu recado. Tal qual isótopo em radiação, irradia a multiplicidade do seu ser num composto resumido de voz, destoante de palavra, mas em total consonância com a ideia: nisso, ela é a mais feminina das mulheres!
Já que estamos falando, que o façamos sem censura. Ela odeia amar, ou, antes, ama odiar. Bebe sua beberagem de café pelo mal que o bendito cito líquido ao seu bem lhe faz. Vinga-se do mundo consumindo porcarias para exalar perfumes.
Ela é doida. E nisso reside sua sanidade. No mundo do plágio, regido pela lei do não esforço, ela é autêntica. Já ouvi dizerem que é doida. Mas isso não conta. Quem proferiu tal diagnóstico é paciente de imenso manicômio, denominado comodidade. Só as mais poderosas mentes pulam os muros desse hospício. E, já que Jacque pulou, pois vê do outro lado da redoma, onde o horizonte é mais largo e múltiplo, melhor a loucura (livre-mente) dela.
Mas eu entendo os que a censuram. Jacque confunde, já que Jacque fala o que pensa, penso que a maioria fala sem pensar, ou então Jacque tem pensar superior, o que é pensamento pequeno, já que Jacque pensa como todas as poucas mentes nuas com as quais me dei em prosa em alcova qualquer alugada a momento de prazer. A grande diferença é que ela não teme seu próprio pensar.
Quer saber?! Se um dia com Jacque cruzar, em algum caminho macio ou crespo da vida, deixe-a te confundir, elucidar, emudecer, ouvir. Deixe-a te curar da loucura que é a sanidade do mundo “normal”. E, observe. Pode ser que você presencie um momento mágico, no qual ela olha para um lado, vê o ângulo oposto, discute com um objeto, enquanto responde a pergunta de algum circunstante, contempla o nada, e vê o todo e, finalmente, de uma chispa que lhe reluz na retina, a vida nova lhe brota, e você então presenciará o nascimento de uma poesia.
E continuo assim... Barco à deriva Em oceano de tranquilidade Singrando as vascas do acaso Enquanto o universo me guia até...
...Onde sua alma pode tocar a minha E nossos sonhos tornam-se um só. Eu e você, nessas águas serenas Junto a luz do sol que nos aquece E ao amor que se faz pleno.
Os humanos se agigantam em suas sabedorias de sofá de sala! Vivem como se fossem outros e não conhecem a si mesmos. Seguem as velhas crenças de sempre como se o mundo do outro fosse o seu. Do quê eles sabem de fato? O que podem saber além do que seus olhos podem alcançar? Limitam-se a morrerem todos os dias, pensando eles, serem os donos da verdade.
E quais verdades tanto procuram? As que lhes ensinaram durante toda a existência? Vivem de mentiras, nada mais que isso. Mesmo que doa a verdade, ainda sim, dela viverei, pois ela faz de mim o que sou, e, sendo eu feita da minha verdade, não sofro, apenas sei, e não conto a ninguém.
Sim, é justificável, cara poeta. Concordo com os outros ao seu lado. A vida não é só feita de objeções. Temos tanto imaginário! Todos em algum minuto se rendem aos versos mesmo que sem rimas. Tu sabes bem que de nada abdico. Tenho para qualquer tempo teu Meu espaçoso terreno Onde tua morada, edifico. Nessa morada mansa onde nenhum sentimento é pequeno onde a alma tua feliz descansa Como aqueles que, caminho a fora enfrentaram abismos e estradas tão cheios de perigo. Aqueles que jamais desacreditaram mesmo sob as mãos pesadas da descrença que faz falhar até comigo esse coração que só sente e não pensa.
*Áudio do poema, peço desculpas pelos ruídos. Esse é mais um que me deu vontade de gravar.
Nós não fizemos nada em troca de elogios. Eu já esperava somente a alegria de vocês e a satisfação ao verem concretizada uma idéia tão criativa. Vocês são o máximo! E se ainda acredito na Educação desse país, é porque vocês, meus alunos, são capazes e competentes, e isso faz de mim uma profissional realizada. E querem saber o quê eu acho? Eu acho é pouco, rs!
Do amor que se sente deixo a alegria confessa da doce mansidão das horas para dizer que já não tenho mais pressa. Porque agora somos. Somos eu e você a mesma melodia, o mesmo sopro de vento, as mesmas nuvens do céu. Somos a inquietação e a calmaria e o desespero de antes. Antes do beijo na boca das mãos se tocando, da pele queimando de desejo envolta. E os olhos seus me dizem que amor não mede e nem de dor se aflige, porque amor vem de repente e ninguém assim o impede de tomar conta da alma da gente.
Mas, se somos muito Ainda que de um pouco Um pouco de amor, por exemplo Que é tudo Nenhuma pena nos pesará mais que a alegria. E, contudo meus dias serão repletos E do mesmo pouco que já me basta Beijarei teus lábios sem desculpas Alcançarei teus sonhos de imediato Para dizer-te: Que é tudo Tudo o que ainda falta Amar-te além do que espero Somar os dias contando estrelas Desmerecer os ódios esquecidos Chorar ao som da canção antiga Amar como o de costume Sendo sempre novidade
Enxergo a significância das coisas: O beijo que transcende, o arrepio que corre a pele; o corpo que pulsa nas mãos; A alma que entende. Entende de amor e paixão segredos e sussurros que em pecado ou oração, entrega-se e deixa os mistérios plenos de sentidos...
Observo o mundo ao meu redor. Meu pensamento se revela em escolhas. Sou eu a escolher como quero estar hoje e o que posso fazer por mim daqui pra frente. O tempo passa e a cada dia sinto como se renovassem todas essas certezas. Morreram tantas coisas, nasceram tantas outras, e assim aprendo sobre mim e as pessoas. Domino meus dias, concentro meus sonhos e vivo na irremediável agonia de saber como será. Eu não perdi os sentimentos à beira do caminho, eles habitam ainda em meu peito que esperançoso ama, apenas ama. Olho meu sorriso no espelho e a lágrima que às vezes teima, faz apenas recordar que é preciso viver em plenitude. É preciso aceitar a liberdade que nos faz livrar a alma que tantas vezes viu-se acorrentada às velhas decepções que nossos olhos enxergavam, mas o coração cego, não aceitava. Hoje, não há exagero nos sentimentos, pois a vida não é feita de exagero e sim, de equilíbrio. Vivo um dia de cada vez, num tempo infinito. A vida me abraça quando o tempo para diante de motivos valiosos e simples que hoje me fazem ser o que sou. A vida me abraça quando junto a você eu estou.
...E o meu corpo a se queimar por ti... e a minha alma a se queimar por ti... e a minha mente a se queimar por ti... e aminha inteligência a se queimar por ti... e o meu desejo a se queimar por ti... e o meu tempo a se queimar por ti... e a minha libido a se queimar por ti... e a minha garganta a se queimar por ti... e a minha vontade a se queimar por ti... Por ti... Ei de dar-te em troco todo esse calor que me incendeia: E queimar-nos-emos juntos para renascermos como a fênix: Infinitamente, queimando-nos e renascendo: Seja em pensamento, seja em atos...
Em resposta:
A alma queima absoluta diante do desejo exagerado contido num olhar só nosso. Sinto o gosto e o jeito do beijo mesmo distante da boca que olhar eu já nem posso. Devora-me os sentidos todos como a fome insaciável, que consome o corpo e a alma onde habita o desejo em febre que perturba e a traz calma.
Do castanho dos teus olhos ao ondulado sutil dos teus cabelos, tens o cheiro da fruta silvestre. Doce amora. Teu desenho é simples como as pequenas folhas, tua boca viçosa adere ao capricho do meu beijo. Tuas palavras queimam-me a alma.
Apontamentos
A palavra de agora, não é árdua e nem remete injúrias, apenas preenche as fendas abertas pelo não dito. Carrego em minha face tudo o que sou. Tenho aceitado e aprendido sobre a vida, e enxergo em mim toda a necessidade que procuro. O medo já não me abraça como antes. Tenho é uma eterna e desmedida impaciência em viver. Viver de beijos ou de lágrimas, não importa. Só não quero viver de mentiras. Quero me fartar até das coisas que eu não tive, e divagar mil vezes sobre qualquer coisa que me cure. Eu quero gritar até que me peçam silêncio. Quero me calar até que peçam para ouvirem a minha voz. Quero escrever até que meus dedos sagrem. e, quero amar quantas vezes for preciso, Só para sentir minha alma plena e segura. Nada mais justo que o amor. Pobres daqueles que se confundem. O amor é livre como um pássaro do céu. Não suspeita mal como dizem, Nem ao menos faz com que o ódio tome o seu lugar. Sinto-me como água limpa, vento tranqüilo e flor que acaba de nascer. É como se o mundo fizesse sentido a cada novo segundo. E a vida sorrisse como criança em dia de festa. É tão simples viver tudo isso. É tão fácil amar exageradamente. Amar a você mesmo, depois o outro... E os tantos outros que existem. Aprendi sobre quem sou, Mesmo sem saber ao certo sobre isso. Sou poesia, quem sabe... Sou um tormento ou uma calmaria sem fim. Sou um coração que no peito não cabe. Sou essa escrita e serei sempre assim.
O poeta só finge a dor, e não o amor que o fizeram acreditar. Isso é impossível.
Sinta o amor
Quando a sombra da tarde e as estrelas aparecerem, e não houver ninguém para enxugar suas lágrimas, eu irei te abraçar por um milhão de anos para fazer você sentir o meu amor.
Vórtice serena
Vórtice serena de mim, acalenta meu suspiro e pranto.Ressoa teu som para eu encontrar meu recanto.Esvoaça meu pensamento nessa folha em branco:Quero ouvir o vento varrer qualquer maior desacerto.E nesse turbilhão de pensamentos, quero a brisa mais calma. Quero o sussurro suave da paz que eu mesma inverto.Quero tua voz levando-me junto nas paragens da alma.
O poeta
O poeta é um egoísta louco, pensa nele, tão somente nele e dele se faz outro. Gosta da cor do sangue fruto do espinho, porque se iguala ao carmim da rosa. Aprecia do amargo ao doce do vinho, e acha graça de sua sina dolorosa, e nesse mundo em que ele é submerso, segue a todo custo a escrever, para que todos saibam, Que um poeta sem tristeza ou alegria, jamais saberia o que é viver.
O azul da tinta
Eu tenho muito que escrever. E as minhas mãos sedentas para sangrarem o azul da tinta, irão registrar aflitas esses sentimentos meus. O poeta escreve para que cada palavra sinta, que aos versos, ele jamais dirá adeus.
Reparo os meus instantes, e penso do é feita a existência.Vejo o enlaçado do vento que abraça aquelas árvores,ele as beija como se fosse o tão esperado amante.Elas o recebem, pois, sabem que jamais ele se ausenta.E aos pés daquele ribeiro, nascem pequenas flores,que decoram em suas miudezas a paisagem nobre.Libélulas beliscam o espelho d’água, brincando faceiras.Desnuda-se o céu, e, cada nuvem encontra seu caminho.As cores do crepúsculo anunciam a alvorada,A vida ressurge por entre as falácias dos pássaros,que em revoada, desenham a liberdade nos céus.Nesse instante, respiro o renovado do ar que me cerca.Sou não só aquilo que sei, mas, tudo o que agora contemplo.Atento meus olhos a perfeição dessas cenas,e nada mais reconheço, senão a vida.Deixo-a invadir-me sem licença, sem pedidos,sem bloqueios, culpas ou arrependimentos.Sem complicações maiores.Quero dela o simples.Quero reter-me nas flores.Quero desenhar nas nuvens.Quero dançar com o vento.Quero brincar com as libélulas.Quero ser pássaro do céu.
Sem compromisso
Por que me falho? Por traço um caminho, e escolho um atalho? Faço falta a mim quando caminho sozinha. Sinto uma solidão pequena, perdida em meio a casa. Nesses momentos, sou pássaro de uma só asa. Pássaro de uma só asa não voa. Coração que ama sozinho destoa. Poesia atada se solta. Caminho escolhido, nem sempre tem volta. Sim, eu oscilo nos versos, sempre faço isso, porque sou escrava dessa minha poesia sem compromisso.
Intranquilidade quieta
Por um poema pequeno, um verso sem rima; ou, um poetar sem sentido; escrevo por breve descuido, promessa curta ou necessidade. Rabisco o papel a fim de curar-me. Recolho com zelo absoluto cada palavra, depois as uso com intensa maldade. Oscilo.Sim, eu oscilo nos versos. Amanhã uma nova inspiração,um novo rosto. E assim, vou sendo poeta,vivendo tão somente, dessa minha intranquilidade quieta.
Vida
Há muito o que ser escrito...
A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.