segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sobre a simplicidade...


Eu preciso escrever sobre tudo o que acontece. Eu necessito da palavra libertadora para expressar tudo o que sinto a cerca das coisas. As coisas acontecem e o mundo continua o mesmo. Já pararam para perceber a grandeza disso tudo? Por que tantas vezes sofremos e arrastamos conosco outras pessoas, se o mundo realmente em nada vai mudar? O sol irá nascer todos os dias, as chuvas e os ventos irão vir, sejam tranqüilos ou intensos. Nada muda, a não serem nossas atitudes. Eu já disse um milhão de vezes que não mudamos o que somos, mas, melhoramos a cada dia. Quais são as perspectivas de vida que você tem? O quê te espera? O quê pode te fazer sorrir? O quê realmente vale a pena nessa loucura toda? Tudo faz valer a pena, desde que se aprenda com isso. Eu deixei de crer para então entender. Não me prendo mais a sofrimentos, mesmo que eu queira, não posso me ver triste.

Na realidade, as coisas só acontecem porque queremos. Pra quê escolher o sofrimento quando se sabe como ele é? Já notaram quantas vezes fugimos para não encarar nossa verdade e até mesmo a verdade alheia? Só quem sofreu demais, pode dizer de sofrimento. E digo, ele só nos enobrece. Fico triste pelos que sofreram e cultivam agora um coração amargurado. Sejamos livres, meus amigos! Libertemo-nos de todas as amarras cruéis que nos impedem de sorrir para um simples dia de sol. Problemas? Quem não os tem? A vida seria eternamente sem graça se tudo fosse doce. É preciso saber do dissabor do fel e do sal de cada lágrima, para então, aprender quem somos bons e que queremos apenas entendimento. Está aí o grande lance da vida: entender.

Enquanto pensei no que poderia ter sido; enquanto meu quarto foi um retiro; enquanto minhas lágrimas insistiam; enquanto acreditei em outros mais que em mim, eu sofri. Vivia na ilusão de querer entender porque os outros eram e eu não era daquele jeito que queriam. Bobagem. Nada mais que isso. Hoje, olhando-me no espelho, posso enxergar o que os anos me fizeram. Não me trouxeram nenhuma ruga, nenhuma amargura ou dor incontida. Eles me trouxeram as certezas e as possibilidades de escolha. Nem sempre escolhi o certo, mas, decidi fazer o que achava certo. E fiz. Eu posso dizer que fiz e faço mil vezes se for preciso, porque já sei entender o que pode me trazer dor ou alegria.

Eu sei viver e tenho orgulho disso. Não me atormenta a solidão porque sei que jamais viveremos sozinhos, há sempre um alguém a entender o que só você pensa que entende. Eu sigo junto, de mãos dadas e passos marcados. Sigo com quem me ensinou que são nas coisas miúdas que se concentra a essência da vida. Quero nossos sorrisos sempre, até que esse sempre dure, e que mesmo que não seja eterno, eu farei com que seja. Isso é amor. Somos melhores quando entendemos dele [o amor] essa força vital, cúmplice e perfeita, e que só vivemos de fato, quando passamos a entendê-lo em toda a sua grandiosidade.

Devemos amar sempre. Amar na medida certa e apaixonar-se todos os dias. Nada de exageros. A vida não é exagerada! A vida é feita de uma simplicidade absurda. Se achei as respostas, se encontrei minha estrada e se o mundo me sorri, é porque equilibro-me e vivo cada dia na certeza de que sou feliz porque entendo a mim antes de qualquer coisa. A partir daí, tudo fica claro e preciso, simples assim.

4 comentários:

  1. Nossa maravilhoso adorei isso no finalzinho "Não me atormenta a solidão porque sei que jamais viveremos sozinhos, há sempre um alguém a entender o que só você pensa que entende."

    Nossa demais isso !!!

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  2. Sim, Andrei, há sempre alguém que nos entende.

    Obrigada pelo carinho.

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A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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