
É o detalhe mais percebido,
a premissa da felicidade,
o sonho mais real e sem sentido,
a amizade além da amizade.
O amor é o concerto mais desafinado.
É o silêncio que todos escutam.
A música que te faz dançar mesmo parado.
O desprendido sorriso na madrugada.
A lágrima necessária e boa.
O amor é sempre a resposta mais esperada.
Lindos versos, Jacque! Realmente, tu fazes versos com uma notável facilidade. E indubitavelmente, o resultado é sempre o mesmo: a admiração e a reverência de quem os ler.
ResponderExcluirUm abraço!
Efémera semente de um pequeno Sol menino
ResponderExcluirOnde a razia da luz se espalha na densa bruma
Derivando no soslaiamento de um querer fino
Apazigua a escuridão da cegueira do tormento
Perpétuas cirandas cujo tempo se esvai
Onde as danças bailam aos sons do canto
Onde a luz cerrada do doente firmamento cai
Percorrendo as almas que gritam de pranto
Da pequenez do homem agraciou-se o pecado
Imundo, soslaio sempre à espera de um raiar
Querendo a pura luz como um mal enfadado
Padecendo de amores, onde o amor se tenta calar
Do silêncio das vozes, os gritos se humedecem
Saindo em coros mudos em jeito de pura sinfonia
Percorrendo as luzes os corpos que padecem
Trespassando-os, sentindo-lhes as dores da alegria
A fome de um novo amanhecer por agora se perde
Perdeu-se na noite, na noite triste dos tempos
Perdeu-se a inocência, pois a avareza não cede
Não cedendo, também, a pureza da luz a estes tormentos