sexta-feira, 23 de abril de 2010

O que não tem perdão...

Perdoe-me a distância:
É preciso!...
Quanto mais próximo,
Mas próximo te quero
Mas próximo fico
Mais próximo necessito ficar...
Se olho seu rosto,
Perco-me
Os cabelos emoldurando a face...
A própria beleza se concretizando em forma de mulher...
Perco-me...
Mergulho no profundo dos seus olhos
E quando me dou por mim,
Eis que já estou prestes a te tocar.
Perdoe-me
A impulsão é o natural dos que apreciam
E percebem que estão próximos,
O suficiente para tocar
Perdoe-me...
Porque seu cheiro me embriaga
Tira-me o tino
Atrai-me como o Norte
Teu cheiro é o meu norte
É o Norte do meu desejo
E eu estou novamente me contendo
Perdoe-me
Sei que não deveria me conter
Sei que deveria ser mais forte
Sei que deveria apenas disfarçar
Ah. Mas como sou fraco para essas coisas,
Quando na sua presença!
Perdoe-me
Pois tenho que me furtar a sua voz
Seu timbre me hipnotiza
É canto de sereia
E você é sereia sem mar
Porque o mar do seu canto se perde no oceano de sua graça
E eu me afogo nessa graça...
Mergulho mil vezes
Outras mil vezes mergulharei
Perdoe-me...
Eu te uso,
Depois fujo
E volto
Tomo-te para mim
Tenho-te só minha
Trago-te em meus olhos
Ouvidos
Narinas
Mente
Alma
Coração
Perdoe-me
Sou um monstro
Um pirata
Um salteador da sua beleza
Perdoe-me
Ponho-te
E te tiro,
O tempo todo,
Da minha poesia.
Perdoe-me
Pois você não é mais você
Você agora é poesia
É minha poesia
Perdoe-me, mas eu só queria escrever,
Com tudo isso,
Que você é minha...
Minha dona,
Minha pertence,
Minha metade,
Minha festa,
Meu deleite
Meu dia
Minha noite
Meu riso
Meu perder o siso
Minha demência
Minha linda...
Minha Rosa
Ô, Rosa Linda,
Dá-me um riso, dá?.

3 comentários:

O que sentiu sua alma?

Vida

Vida
Há muito o que ser escrito...


A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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