sábado, 24 de abril de 2010

Repentino ódio


O ódio é um atalho a parte nessa minha caminhada, às vezes, eu erro a rota, mas, logo estou de volta ao caminho certo. Os olhos já são outros, o que vejo agora é a expressão máxima da verdade e dos sentimentos agudos. Vejo um caminho onde posso tocar a terra com os pés, sentir o cheiro das flores e a presença cativa da felicidade. Mas, o trauma e a lembrança dos dias que deveriam ser esquecidos me assolam, por ligeiros instantes. Eu tenho que escrever sobre isso, pois só assim, curo-me aos poucos.

Falta algo? Falta rasgar as palavras de forma ofensiva? O quê falta? O quê me incomoda? Justo eu meu bom Deus, que a nada me prendia? Livra-me disso, por piedade eu lhe peço! Livra-me! Até quando as sombras desse passado que nem existe mais, irão cobrir alguns momentos meus? Só eu sei as respostas. Eu só queria dizer da dor que todos sabem quando se é enganado e quando a vida para em favor de uma ilusão. Póstuma ilusão. Não sei o quê seria de mim se não tivesse alguém segurando a minha mão. Não sei o que seria de mim se não tivesse as palavras de quem pela mesma dor passou...

Eu não sei o que seria. Infeliz é aquele que no alto das palavras tão polidas, julga-se sabedor do sentimento. Nada, não sabe nada, nem nunca soube. Valeu à pena, porque na vida tudo vale. Valeu, pois eu conheci em verdade como são algumas pessoas e até que ponto elas são capazes de brincar com sentimentos. A vida é mesmo um aprendizado. Preocupei-me com outros depois disso, e vi que nada adianta, pois a vida de cada um é única.

E a minha vida (única) encontra agora a paz, mas ainda há uma mancha pequenina na minha bandeira branca, e eu sei que somente eu, irei dar a ela a alvura tão necessária. Eu sei, eu sinto... Eu sou maior que tudo isso. Eu tenho quem me faz enxergar a vida e não mais possibilidades falsas. Eu tenho a mim, eu tenho você e tenho vocês, meus ilustres amigos do blog, que sei que assim como eu, precisam escrever sobre aquilo que às vezes, atormenta a alma. Eu sei, não tenho aqui belas palavras nem rimas, mas, um desabafo sincero sobre um “repentino ódio”... É isso.

Já passou... E a cada dia passa mais rápido. É como um vento repentino, nada mais que isso.

2 comentários:

  1. Minha tão querida amiga Jacque, como é bom poder escrever isso e sentir o quanto tu és de fato querida!
    O tempo passou, e hoje posso sentir, como bem escreveste a felicidade cativa, ela se faz presente para nós.
    Não há no mundo valor que pague a leveza da alma, a alegria constante, o sentimento de paz que há dentro de nós hoje não é mesmo?

    Se tudo vale a pena na vida? Nem tudo...às vezes podemos evitar certas escolhas, mas quem disse que escolher errado, não faz parte da vida?
    Pois é exatamente dessas escolhas, que podemos tirar grandes lições, e são delas também que vem a vontade de não repetir o mesmo erro.

    Não consigo olhar para trás, quando sinto que hoje, no presente sou tão feliz.

    Escolhi o melhor caminho, assim como você, viver a vida plenamente, ser feliz, e alegrar-me com a simplicidade de tudo o que está à minha volta.

    Em nosso caminho, o passado, tornou-se um lixo não reciclável, que seja queimado então, e que suas cinzas sejam jogadas ao vento.Pois ele, tem o poder de levar para bem longe o que não tem valor algum!

    Torço muito por você, conte sempre comigo!
    Um abraço cariúcho para ti.

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A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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