segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Estar em mim



Estar em mim é tão precioso, que ouço meu eu verdadeiro dizendo-me quem sou.
É como um sopro de calmaria quando a tempestade se ameniza sobre o mar.
Estar em mim é reconhecer os desjeitos aos quais, tantas vezes me dou.
Acho-me entre labirintos, dou-me a mão e suspendo qualquer pesar.

Eu sei reconhecer-me em meio ao que sou, mas não sei dizer como faço.
Apenas recorro as palavras e ao alívio dessa minha alma itinerante.
Já não mais recuso minhas insanidades, e nem de mim, faço embaraço,
Apenas deixo seguir certas rotas escolhidas, e não mais o caminho errante.

Guardo um livro secreto dentro de mim.
Aprendo sobre pessoas, perigos e possibilidades.
Tenho a vastidão de um canto de quarto,
e um pequeno aparato em minha mão.
E nessas horas em que me encontro de fato,
Nada mais importa ao meu descrente coração.
Eu tenho um modo estranho e abstrato,
Meus devaneios, sinceros e eloqüentes, assim é que são.
Não mudarei qualquer coisa, isso é fato,
mas, farei com que todos saibam, que nem sempre agi com razão.

Um comentário:

  1. Jacque minha minina poeta e amiga um abraço.Estou em viagem aqui pelo meu RS e o personagem Papai Noel começa a tomar meu tempo. Li no meu blog teu convite. Logo entro em contato. Mas é lindo o que escreves. E essa personalidade altiva da poetisa deve ser mantida. E não agir com a razão faz mesmo parte da alma de quem escreve.

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A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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