sábado, 17 de outubro de 2009

Sinto e escrevo



Não sei negar aos versos esses pedidos desesperados.
Não sei acolher em meus pensamentos o isolamento.
Não sei ignorá-los por mais que sejam inventados.

Queria poder dizer nestes versos tudo o que meu peito sente.
Eu já não sei deixar de fazer poesia, vivo ao sopro das palavras.
Eu não sei ignorar a escrita como quem ignora o ausente.

Queiram não entender o que sou, é tão estranho.
Eu não sei deixar de escrever quando sinto.
Eu não sei guardar palavras em caixas de igual tamanho,
nem sei dizer quando na escrita eu minto.

A minha verdade é tão mentirosa que envergonha o papel.
As minhas mentiras são tão sinceras que me convencem.
Eu faço um mundo só meu, e nele, há um inferno e um céu.
Sou egoísta, minhas palavras somente a mim pertencem.

Leiam vocês! Leiam tudo o que aqui, minhas mãos inventam.
Sinceramente, parece mentira o que aqui deixo escrito?
Não confiem nos olhos, eles, por muitas vezes só salientam.
Confiem nas palavras, elas sabem como deixar um poema bonito.


Não quero folgar os meus sonhos.
E nem desmerecer nenhum verso.
Só quero um pouco de mim,
porque não sei aceitar o reverso.

Só sinto e escrevo.
Vivo e sei,
que eu te amo, e sempre, te amarei!

3 comentários:

  1. Entrei e parei
    Para poder ler
    Bonita poesia
    Foi só escrever

    Foi só escrever
    Tal como sentia
    Esse é o valor
    Da nossa poesia

    O amor e a poesia
    Tem algo de semelhante
    O amor é atraente
    A poesia é fascinente

    Bjo
    Áurea

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  2. Entrei aqui, pois vi no blog verborragiacultural um poema seu intitulado "Intranquilidade Quieta".

    Gostei dele.
    "Rabisco o papel a fim de curar-me."
    Já fiz um poema que tratava bem disso.

    Bem, então resolvi vir aqui com
    o pensamento de que encontraria coisas
    boas. Não estava errada.

    Um abraço e espero sua visita!

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  3. Ferreira Gullar diz que a poesia não fede nem cheira.
    Fede e cheira,. Aliás, fede mais do que cheira. Não fosse assim, cheia de desencontros, caminhos perdidos, lixos que jazem espalhados pelo chão, não seria poesia.
    E, por isso, é sempre bem-vinda.

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Vida

Vida
Há muito o que ser escrito...


A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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