quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A luz

Uma luz rutila no celeste azul do firmamento
ao passo que as nuvens se desenlaçam
numa dança fiel junto aos pássaros em liberdade.
Nesses oníricos presságios, meus medos se alcançam.
Aos tragos amargos e míseros, bebo os lamentos.
Enquanto se alastra no peito a dor infeliz de uma saudade.
Tenho a alma de retalhos onde um grito exalta minha dor.
E nesses brados de agora nada mais cerra minha vontade.
Sou passageira de um tempo que desgarrou-se dos ponteiros,
Venho ao encontro das alvoradas edificar um castelo de paz.
Tenho as vestes brancas da luz que um dia sanou minhas feridas.
Caminho entre as brumas frias que entrecortam árvores antigas.
Encontro o sol em meio a essas névoas frescas permanentes,
para bendizer em santidade de outros tempos de lamúrias,
aos olhos dos que ainda são descrentes.




3 comentários:

  1. A saudade doi mas muitas vezes nos aproxima de quem amamos.
    Beijos

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  2. Simplesmente lindo.
    Transbordei agora . ♥

    ''Sou passageira de um tempo que desgarrou-se dos ponteiros,
    Venho ao encontro das alvoradas edificar um castelo de paz.''

    Sempre vai lá no fundo da gente,
    no fim somos todos passageiros de alguma forma... mas sentimentos assim não.

    :* Bj

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  3. Perfeito. Simplesmente mágico esse lirismo que está em casa vírgula que escreves.

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O que sentiu sua alma?

Vida

Vida
Há muito o que ser escrito...


A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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