quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Soneto de mansidão


Pouso meu semblante calmo em uma nova paisagem.
Minhas inquietações das noites de insônia não mais vigoram.
Sou a poesia grata aos meus olhos de miragem,
e o rubro sereno vívido das rosas que afloram.

Pairo sobre uma primavera de rara imensidão.
Não recorro aos desamores e nem aos vãos dizeres.
Meu ermo agora povoa-se de mim em vastidão.
Completo-me nos meus intensos quereres.

Como o plácido lago que espera o toque do vento,
acalmo o meu vago respirando o amor que tenho,
seguindo como quem vive somente de acalento.

Tenho a alma calma dos dias de mansidão.
Sigo escutando o eco dos meus passos,
Como quem escuta o destoado coração.




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A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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