quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fruto azedo


Faço poesia lembrando-me do doce sal da tua boca.
Recorro a uma prece vã.
Que me adianta dizer-te desta agonia?
Se agora experimento o gosto podre da maçã.

Escrevo como quem navalha-se.
As palavras esbarram-se umas nas outras,
Implorando liberdade.
Voa palavra minha! Inverta meus sentidos!
Porque só tenho tido,
o gosto do fruto azedo da infelicidade.

Fruto azedo. Gosto de nada. Verso eterno.
Concordo com Bukowski:
“O amor é mesmo um cão do inferno”

3 comentários:

  1. este azedinho que fazemos questão de
    transformar em doce ...

    Haja tato ;**

    Lindo este'

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  2. A utopia
    é um sonhar
    despertado,
    diz Ernst Bloch.

    Ou um não lugar
    define o
    o infeliz
    senso comum.

    A poesia é
    uma utopia.

    Um não lugar
    onde despertamos do mundo
    e sonhamos acordados.

    Como o faço
    agora,
    apesar do relógio que tenta me acordar.

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  3. O azedo é para dar o toque especial aos sabores...lembre-se disso!
    beijos

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O que sentiu sua alma?

Vida

Vida
Há muito o que ser escrito...


A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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