terça-feira, 8 de setembro de 2009

Espera-me

Perturbar-me a tua escrita. Tu sabes amada minha, jamais levarei de ti rancores no coração.
Não prossiga nos caminhos incertos que ousam roubar-te de mim, ama-me para sempre.
Percebo que já não há mais nada que eu possa dizer-te nestas tuas horas de aflição.
Sinto um desandar no peito, que nada mais é, que um martírio desta minha dor latente.

Quando a terei? Já não sei diminuir as horas, nem mesmo controla-me em minhas saudades.
Se nos fizeram prometidos, porque ainda tarda o encontro? Devo dizer-te, estou sofrendo.
Sou um vago andarilho neste mundo. Sou um barco à deriva num mar revolto de tempestades.
O tempo tira-me o sossego, me vejo em desespero, sozinho, assisto minha paz ir se perdendo.

Resta-me versos, pra que teus olhos saibam o quanto padeço sem minha doce amada.
Faço-te todos, pra tu saberes do amor que tenho em minha alma que tanto te espera.
Uso das mãos de qualquer poeta e recorro a qualquer estrofe bem ou mal traçada,
Pra dizer-te que não deixes que o tempo arranque-te de mim, como uma maldita fera.

Não te vás de mim! Não posso saber o que este meu caminho sem ti ao meu lado.
Preciso do vivente dos teus olhos, minha luz de dias escuros, meu candeio maior.
Necessito do sorriso frouxo das horas bobas que faz feliz, este teu tão apaixonado.
Imploro que não deixes este nosso tempo acabar com o que temos de melhor.

Ama-me, eu lhe peço! Sou movido tão somente pelo amor que tanto bem me faz.
Atravesso qualquer tempo, espero a troca dos dias. Peço-lhe, não me deixes sozinho!
Sem ti não vivo, não sei viver de outro modo, não saberei sem teu amor, viver jamais.

Não nos perderemos. Guia-me, com tua força, faz-se meu domínio pra que eu te siga.
Já vagamos por tantos infinitos e choramos tantas vezes cada uma de nossas idas.
Tenha crença nos céus. Não há de ser agora, que minha alma junto a tua não prossiga.

Espera-me sempre. Confia no que somos e não descuide do sentimento teu.
Ainda a terei novamente. E nesse dia, cantarão todos os pássaros a tua beleza rara.
E no nosso abraço, tão esperado, recordaremos que jamais um de nós por amor sofreu.
Amo-te tanto, e tu me amas, espera-me, pois, somos duas almas que o tempo jamais separa.

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