terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sei chorar e sei sorrir





Hoje eu chorei. Fiz-me quieta em meu canto,
desprendi-me do alto da minha nuvem inventada,
pra que ninguém soubesse do sufoco desse pranto.

Que dor é essa? Há tantas dores maiores nessa vida.
Aprendi a aceitar, e a entender de dores,
Mas, por tantas vezes não tive a minha dividida.

E me resta como sempre o verso... Verso desentendido.
É uma aflição que me faz só dizer-te em rimas,
desses dias que tanto tenho sofrido.

Suporto todas as palavras, e, aos meus olhos eu engano.
mas, tenho em meu peito, um coração,
Que não sabe esconder o quanto amo.

Travo essa luta, bem sei, o quanto é árdua e sofrida.
Usarei somente o que me sustenta,
Que é esse amor que tenho ainda.

Choro, porque de pedra não me faço,
E se a mim vale cada lágrima,
Irei chorar sem nenhum cansaço.

Julguem-me, isso já é costumeiro.
Mas saibam que eu somente vivo,
Um sentimento único e verdadeiro.

Sim, o amor tudo suporta, isto é certo.
Até o dissabor de uma lágrima,
ou mesmo, o não estar por perto.

Que eu ame então, mesmo sendo de um jeito esquisito.
Pois se digo que o que sinto é sem razão,
O que dizes a mim, também eu acredito.

Acredito em cada linha do que escreveu.
E se tens as tuas razões, eu não o julgo.
Porque só eu sei, o quanto tu és meu.

Ama-me para sempre, como tens prometido.
Deixe ressoar tuas palavras de carinho,
Pois, bem sei, que tu não és só meu amigo.

Renegamos até uma amizade,
Porque só nós dois sabemos,
O que somos de verdade.

Somos dois que se fizeram em um só.
E nos prendemos atados e juntos,
Em um mesmo jeito de nó.

E desse nosso amor, poesia sei fazer.
E mesmo que eu chore ou sorria,
Sem ti, eu já não posso mais viver.



2 comentários:

  1. Líndissima poesia, Jacque! Contigo, o que parecia difícil acontece: tu escreves melhor a cada dia, e, sem fugir de teu estilo. Parabéns!

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  2. Ah! Obrigada Leo! Escrevo aquilo que sinto, e, acho que isso vira poesia,rs.

    Grata pelo carinho de sempre.

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A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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