quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A poesia que somos


Nessas manhãs onde o sol se debruça sobre os campos serenos,
As libélulas faceiras sobrevoam em valsas o lago mudo,
Tocando as açucenas que se beijam em movimentos pequenos,
Inspirando-me a dizer do meu amor que ainda é tudo.

Fico a olhar-te nessas horas onde o amor para junto ao tempo,
E o espelho das águas frias, revelam teus olhos de encanto,
Só eu e ti sabemos o que é viver em entendimento,
E não há razões para que em mim favoreça o pranto.
Eu te amo e tu me amas, e só nós dois, sabemos quanto.

Não gasto horas traduzindo queixas e nem lamúrias infinitas.
Apenas amo, e descanso a margem de tudo o que longe se passa.
Tu és a única certeza que tenho junto a essas paisagens tão bonitas.
Tu és a razão mais pura de cada verso que minha mão traça.

És meu refúgio em horas em que a inspiração foge em agonia.
Meu alívio deste mundo muitas vezes distorcido e insano.
Tu és a medida perfeita da rima dessa minha poesia.
Tu és aquele que jamais negarei que amo.

Não há esperanças nuas nem falsas promessas vãs.
Não há intranqüilidade em nossa morada escolhida.
Somos a paisagem simples e singela dessas manhãs.
Somos toda a poesia que resta-nos ainda.

2 comentários:

  1. Tenho pensado tanto nisso...
    aah, essas coisas que sentimos
    sempre tao imprevisíveis .
    Bjs flor :**

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  2. A primavera é cópia desta forma,
    A plenitude és tu, em que consiste
    O ver que toda graça se transforma

    No teu reflexo em tudo quanto existe:
    Qualquer beleza externa te revela
    Que a alma fiel em ti acha mais bela.

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Vida

Vida
Há muito o que ser escrito...


A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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