segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Livro da estante


Alonga-se a paz nos ermos.

Ah! Que ninguém duvide dessa calma estranha.
Foram os meus sonhos ideais venturas.
Foram os meus versos minha dor tamanha.
Foram os meus dias instantes de loucura.

Desgasta alma minha nessa escrita nua!
Faz-me ver os flóreos arvoredos lá de fora.
Arranca tua palavra em carne crua,
pra que eu diga em clemência o que me devora.

Me devora essa inquietude mal esculpida,
Jamais ausente desse peito sufocado,
eu tenho a acidez e a doçura de uma vida.
Eu tenho esse verso desentendido e mal traçado.
E ergue-se meu grito em extremo pranto ou sorriso.
Pra que eu mesma entregue aos dias meu sustento.
Posso viver tranqüila no inferno e infeliz no paraíso,
pois, escolho meus dias de felicidade ou lamento.

Sofrendo de saudade, alegria, insulto ou tristeza.
Eu tenho um turbilhão de sentimentos a todo instante.
Eu sou um nada que tudo tem em maior grandeza,
eu sou um verso de amor guardado naquele livro da estante.

16 comentários:

  1. Temos que tirar o livro do amor da estante, e apregoá-lo aos quatro ventos, para que o mundo se encha e amor.
    Beijos

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  2. "eu tenho a acidez e a doçura de uma vida."

    costumo dizer que: sou uma mistura de açúcar com cocaína..... achei interessantíssimo esse trecho...ele dá toda uma ênfase aessas EXCELENTES entrelinhas.

    Vc escreve muito bem. Escreve com sentimento, com a alma, com um amor infinito!!!

    Parabéns. Sou um eterno seguidor daqui. Pode apostar nisso!!!!

    Incontáveis abraços.

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  3. Nosssa , amei esse texto....

    Vc conseguiu expressar toda a emoção que brota do seu peito!!!!


    parabénsssss

    Estou seguindo!!!!!

    Mil beijocas

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  4. MENINA VC ME ARRANCA ARREPIOS! Coisa linda, meu Deus! Nem tenho muito o que falar, foi o que senti na minha alma. Me arrepiou!

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  5. Wanderley... O livro da estante é o livro da minha vida, tão só forjada em amor. Deixo ele guardadinho e depois espalho aos quetro ventos todos os versos que apenas dormiam.

    Um abraço, meu lindo

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  6. Carlo, que bom receber um elogio desses, tão sincero... Escrevo com a alma, tenho dito. Meu peito é esse turbilhão de sentimentos aos quais entrego aos versos.

    Obrigada pelo carinho de sempre.

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  7. Ju, que bom que gostou da minha poesia, ela é tão só as verdades que tenho. Sigo-te também! Um abraço, volte sempre!

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  8. Gu, meu sopro de vento dançante! Que bom que sua alma sente-se assim ao ler meus versos.

    Obrigada, sempre!

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  9. Jacque, que texto indo... Você sabe exatamente como emocionar que te lê.

    Lindo mesmo!

    Abraço.

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  10. Obrigada, meu Anjo! Teu elogio é um ânimo pra que eu não pare. Penso todos os dias em deixar de escrever. Às vezes dói, sabe... Enfim, desespero de quem escreve.

    Abraço

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  11. Pois não pare nunca! Onde já se viu encarcerar tanto talento! Imagino que as vezes os sentimentos sejam tantos, e venham com tamanha intensidade, que seja doloroso reunir o que cada um deles representa e fazê-los texto. Mas isso os liberta, minha cara, e pense que isso pode ser exatamente o que você precisa.

    Abraços!

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  12. *-*

    Oun. eu quase choro quando li o teu comentário!

    És TUDO e mais um pouco,
    escreves de uma forma ímpar,
    Impossivel é nao gostar de te ler.

    Um ano lindo á nós e que a escrita
    seja sempre uma constante em nossos dias ^^

    Beijos doces flor! Te admiro muito!

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  13. Angel, é nessa inconstância que vivo. Sim, nisso a liberdade, transmito na escrita toda agonia e alegria que sou. Que doa! Não há outra maneira de ser diferente.

    Abraço!

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  14. Florzinha linda! Disse toda a verdade que há em mim quando lá no teu cantinho comentei o que sinto ao te ler. Você é uma fofa e tem um talento raro. Um ano cheio de Poesia pra todos nós! :)

    Beijos, minha Clarisse.

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A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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