terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ao coração





Frágil coração desatado compasso que te tocas.
Do fim do meio e começo meio torto,
Tu carregas tanto, e o tanto te sufoca.
Mas não será de mim a pena de um morto.

Tu és coração altivo tanto fácil desgarrado.
Nobre companheiro, velhaco amigo.
E nesse pobre peito apaixonado,
Chora e sorri, mesmo que de castigo.

Onde fostes àquelas horas, quando do meu peito tu fugias?
Responde assim, um coração não entendido:
-Batia as portas do desespero, subia aos céus das alegrias,
seguia aos amores que eu tenho, amava mesmo que ferido.

Tenho, porque tenho coração, doce manto de carmim.
E aqui esquerdo, cheio do sentimento meu.
Destoa, em versos o melhor que sou de mim,
E bate, vive e sofre pelo amor que é todo teu.

Vivente pulsa o sangue vida em minhas veias.
Sopro de saudade que soa ao passar de cada hora.
Amarrado, seguro e preso na paixão de tuas teias.
Sou alegre alma que vaga pelos dias de agora.

Ama coração! Tu mesmo de amor maior se tenhas feito.
E de amar, tu serás eterno menino a procura de carinho.
E mesmo que sofras nesse meu peito,
Tu já não mais viverás em desalinho.

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A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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