terça-feira, 18 de agosto de 2009

Aqui em cima não há rima



Erra esta linha, palavra minha! Não quero poetar.
Nem rimar nada com coisa alguma.
Não irá meu pensamento dominar,
Porque aqui, não deixarei rima nenhuma.

É fácil livrar-me de ti, rima maldita.
Vês!? Tu nem aqui, cabes de tão absoluta.
Mesmo quem te lê não acredita,
Que ao fim, sou eu quem vence a luta.

Ah! Lutar com palavras faz-me dó.
Eu as engano. Vejam só:

Eu não sou poeta, e isso aqui, nem é poesia.
Não escrevo nada.
Até porque nem poderia,
pois, não aceito, nenhuma palavra algemada.

Rimar é complicado. Um poeta é um ser doente.
E a mim, não vejo nada de inconseqüente,
tentar provar à todos que poesia é o mal dessa gente.

Ao fim, venço a luta com as palavras que pensam dominar-me por inteira.
Nem fiz um sequer verso, e nem ao longo dessa escrita rimei. Assim, eu disse.
Agora, deixo a prova dos olhos dos que leram. Fiz eu, rima verdadeira?
Não. E nem faria, a menos, que um poeta me pedisse.


Venci. Tenho esse costume. Não me entrego.
Disse que não rimaria. Isso, eu não nego.
Poeta é tão doido, que de doido se faz cego.

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A quem siga vivendo de alegria ou agonia... Eu sigo vivendo da minha alegre e agonizante poesia.
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